terça-feira, 6 de dezembro de 2016

O salário do Juiz

Lê-se aqui e acolá que o Juiz Sérgio Moro recebe salário acima do teto dos magistrados, devido a incorporação, legal, de algumas vantagens que se são legais, não vem ao caso. 
Uma parte dos que escrevem sobre isso, embora citem se tratar de incorporações legais, alegam que o valor fica muito acima da realidade brasileira, e questionam a sua moralidade.
Eu, particularmente, além de não questionar a moralidade, seja lá quanto for o tal salário, acho pouco. E quem escreve falando em moralidade (ou a falta dela), independente do partido político a que pertence ou da corrente que defende, deveria pensar no que tem representado Sérgio Moro para a humanidade.
Se ele comete erros?!?! Felizmente sim!! Do contrário, essa impressão que nos passa de ser um super-herói, logo, logo, poderia se tornar verdade. Mas sim, comete erros. Ufa!! Ele é humano. E dos bons, uma verdadeira máquina de prender bandido.
Diz-se no meio jurídico que não há lei boa quando o juiz ruim e que não há juiz ruim quando a lei boa. E é verdade; o Sérgio Moro é a materialização disso, quando leva ao limite os rigores da lei pra prender vagabundos e quando limita a interpretação dos favores da lei pra  manter a vagabundagem impune.   
Portanto, independente do salário que recebe Sérgio Moro, é pouco e não imoral. Imoral mesmo é a turma que já está na cela e os que estão na fila para entrar.

E só para encerrar o assunto: se o valor do salário do Moro fosse imoral, o que dizer dos valores roubados? 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Tempos Difíceis

A semana que se encerra teria assunto para vários post’s, ou então para um post gigantesco.
Mas como o Blog anda meio devagar e os blog’s de modo geral meio fora de moda, talvez seja o caso de fazer apenas um texto breve para que os fatos recentes não passem desapercebidos.
A semana foi carregada de
forte comoção por conta da tragédia aérea com a Chapecoense, que continua tendo desdobramentos importantes, seja para reflexão das pessoas, seja para elucidação dos fatos, se é que isso ainda é importante diante da dimensão do ocorrido.
Não bastasse toda a comoção causada pela tragédia, ainda tem essa questão dos Dirigentes do Internacional fazendo declarações polêmicas.
Por partes:
Quanto ao Fernando Carvalho, sinceramente não acredito que falou por mal ao comparar a tragédia da Chape com a possibilidade de rebaixamento do Inter. Quem conhece o Fernando Carvalho, ainda que apenas publicamente, sabe se tratar de uma pessoa boa e o seu histórico de conquistas no futebol fala por si. Alguém irá dizer que ele tem habilidade pra lidar com malas multicoloridas pra incentivar um resultado aqui, outro ali para que o Inter alcance seus objetivos. Isso é outra história. Da minha parte, absolvo o Fernando Carvalho pela entrevista e entendo o pedido de desculpas. Foi infeliz na escolha das palavras.
Quanto a declaração dos jogadores, liderados pelo Alex, bom, eles são empregados do Clube Internacional e bem ou mal seguem uma tendência já mencionada por outros atletas de não seguir com os jogos. Certo ou errado, é outro julgamento, pois eles se limitaram a questionar a realização das partidas e não tocaram no assunto sobre o rebaixamento, caso não se realize a última rodada.
Por fim, o Presente Vitório Píffero. Este sim, independente de cores clubísticas (sou gremista) me parece que não foi bem nas suas declarações. Se por um lado fez couro ao entendimento de que as partidas finais não devem ser realizadas, por outro, tirou o corpo fora quando questionado sobre a condição de rebaixamento, dando a entender que se o campeonato não termina, o desfecho não poderia ser a consolidação das posições atuais da tabela, o que significaria a queda do Inter. Ora!! Se não é pra bancar o que diz e defende, que não diga, não defenda. Foi inconveniente e utilizou a tragédia a seu favor. Péssimo comportamento.
Saindo do futebol e indo para o ambiente político, este, já conturbado, nos presenteou com uma manobra do Legislativo de votar um texto esdrúxulo sobre regras contra a corrupção, cujo teor indica que o bandido passa a prender o juiz.
E a cereja do bolo foi o julgamento do STF que tornou Renan Calheiros réu. Esta sim um disparate, sem comentários. Não pelo fato de ter se tornado réu, mas sim por ter se tornado réu somente agora, quando já deveria estar preso a muito tempo.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Deixai toda a esperança aqui!!!!

No livro Divina Comédia, de Dante Alighieri, a primeira parte se chama “Inferno”, depois vem Purgatório e o Paraíso.
Mas por hora vou me deter no Inferno. No de Dante, óbvio...
Tu sabes que, segundo lendas, o inferno foi criado pela queda de Lúcifer, que era o anjo preferido D’Ele. Lúcifer, aliás, quer dizer Vindo da Luz. Que côsa, não??? E dizem amiúde que o tombo foi tão grande que o inferno criou nove círculos concêntricos (concêntrico é uma palavra muito distinta) e quanto mais graves os pecados, mais fundo o sujeito vai parar.
O primeiro círculo é o Limbo, onde ficam os pagãos ainda não batizados e aqueles que nasceram antes de Cristo e também e-mails que o Dezã recebia na antiga firma. Ou seja, pecados não tão graves assim. No último círculo conhecido como Lago Cocite, ficam os traidores, pecado considerado mortal por Dante Alighieri e pela minha mulher também.
Aqui abro um parêntese: Eu tinha um amigo que era tão traidor, mas tão traidor, mas tão traidor, que queria trocar o próprio nome para Judas. Fecha parêntese.
Quando Dante Alighieri retrata o inferno, ele se baseia no que dizia Aristóteles sobre o conceito de justiça, onde devemos evitar modos como: malícia, incontinência e bestialidade. E eis o ponto onde quero chegar: bestialidade! Não me refiro aqui à bestialidade no sentido da pessoa ser uma besta de tansa ou bocó, mas sim, no sentido de besta-fera, de violência física ou verbal, e isso é preciso que se entenda.
Tenho acompanhado os inúmeros protestos que vem acontecendo pelo país e os vários movimentos em que se originam cada protesto. É movimento Passe Livre, Black Blocks, Grito dos Excluídos, Sem Terra, Sem Teto, Sem Dinheiro, mascarados travestidos de Guy Fawkes (aquela máscara do V de Vingança), ou usando camisetas para encobrir o rosto. E a cada protesto a bestialidade se torna maior. Vandalismo se tornou a palavra de ordem, e não mais reivindicar melhorias ou direitos sociais. Não, o que vale agora é depredar. Patrimônio público? Quebraremos e picharemos. Ônibus e trens?  Incendiaremos. Agências bancárias? Depredaremos. Comércio local? Saquearemos. Homens e mulheres reunidos como uma horda sanguinária, fazendo vergonha às hordas bárbaras de Átila, o Huno, também conhecido como o “Flagelo de Deus”. Hoje, infelizmente, uma parte do povo brasileiro se tornou o Flagelo de Deus.
N’outro dia (é o segundo apóstrofo no texto, tri...) vi uma reportagem sobre manifestações na França a favor de uma menina, do Kosovo, que foi injustamente expatriada. Milhares de pessoas saíram às ruas, pedindo ao governo que trouxesse ela de volta ao país, pois ela tinha todas as condições de asilar-se lá e bibibi, e não houve nenhum tumulto, nenhum quebra-quebra, nenhuma depredação. Jovens, adultos e velhos, todos com o único intuito de não permitir uma injustiça, e nem por isso fazendo justiça com as próprias mãos.
É possível reivindicarmos nossos direitos sem quebra-quebra, sem arruaças, sem saques e roubos. Quem saqueia, depreda e rouba, não está buscando seus direitos, mas sim usurpando o direito dos demais, pacíficos, que buscam no diálogo a resolução dos problemas.
Quem sai para uma manifestação disposto a esconder o rosto não pode ser reconhecido como manifestante. Deve ser conhecido e reconhecido como baderneiro, saqueador e arruaceiro.
Respeito e sempre respeitei todos os tipos de manifestação, seja passe livre ou movimento sem-terra ou o movimento de translação que faz a terra girar. Mas não posso respeitar marginais que saem de casa para promover quebra-quebra, incêndios e depredação, pois isso fere diretamente o direito dos demais cidadãos, que querem sim melhores condições sociais, mas respeitando a lei e a ordem.
O que me deixa mais preocupado é que em breve teremos novamente eleições, e, talvez eu esteja errado, essas mesmas criaturas que hoje saqueiam e depredam e incendeiam, venderão seus votos por um botijão de gás ou uma conta de luz, ou um “carguinho” de assessor de alguma coisa.
Quer reclamar? Vote em pessoas dignas de sua confiança, e cobre destas pessoas as promessas que elas te fizeram na campanha.
Caso contrário, como diria Dante Alighieri: “Deixai aqui toda a esperança, ó vós que entrais!”
E prepare-se para o inferno!

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Atentados Terroristas na França

Novamente estamos estarrecidos com as notícias vindas da França sobre mais um atentado terrorista. Tenho um amigo que diz: “a humanidade não deu certo”. E sempre ouço o meu amigo fazer essa afirmação no início de cada ano, quando começa mais uma edição do Big Brother. Ele acha que o Big Brother é a materialização da tese que defende, ou seja, é a prova que a humanidade não deu certo.
Talvez o meu amigo esteja exagerando um pouco ao fundamentar com o Big Brother sua tese. Talvez. Mas começo a achar que ele tem razão. De fato há algo errado com a humanidade.
Hoje falamos das mortes na França, porque terrorismo dá IBOPE e queira ou não, a França é a França, uma potência mundial. E o terrorismo tem projeção mundial.
Mas o que quero dizer é que mais esse episódio de terrorismo só nos remete a refletir sobre o terrorismo nosso de cada dia: drogas, corrupção, fome, violência, epidemias, bactérias, guerras, desastres ambientais, isso só pra citar as mazelas mais comuns.

E triste é, constatar que todas elas são única e exclusivamente produzidas pelo homem, pela humanidade, aquela que o meu amigo afirma não ter dado certo. Que humanidade é essa?! Olha, acho que não deu certo mesmo.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Olimpíada no Brasil - nada a comemorar

A Olimpíada no Brasil se avizinha, dentro de poucos dias teremos a realização dos Jogos Olímpicos. Ainda lembro bem onde estava no dia 02 de outubro de 2009, quando a Rede Globo anunciou ao vivo a abertura do envelope que revelou a escolha do Brasil como país sede no então longínquo ano de 2016.
Na ocasião estava na companhia do colega e amigo, brilhante Advogado Paulo de Tarso Rotta Tedesco, aguardando por uma reunião no Ministério Público do Trabalho de Caxias do Sul. E lembro como se fosse hoje as palavras do Dr. Paulo: “legal, espero que o Brasil saiba fazer dessa escolha uma oportunidade pra melhorar a vida das pessoas”.
Como lhe é peculiar, o Paulo proferiu palavras simples, mas de grande sabedoria.  Viu ele, naquele anúncio festejado pelo então Presidente Lula, algo mais que a mera realização dos Jogos; projetou uma oportunidade de “melhorar a vida das pessoas”.
Lamentavelmente, chegamos à véspera dos Jogos sem que tivéssemos realizado o desejo do meu amigo. O que se vê, ao contrário do que ele rogou, é o alastramento do desemprego, da corrupção e da falta de esperança do nosso povo, frente às barbáries impostas pelos sucessivos mal feitos dos políticos.
Do sonho de dias melhores, chegamos aos dias atuais torcendo pro Juiz Sérgio Moro e não pelos nossos atletas olímpicos. Hoje, estamos mais interessados em saber os próximos lances da Operação Lava Jato do que os que serão protagonizados por atletas do mundo inteiro.

Vida que segue. Continuamos torcendo por dias melhores, que se não vieram e não virão com a Olimpíada, que venham pela punição dos corruptos.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

As Sagas


Recentemente, em 26 de maio passado, comemoramos o décimo aniversário da Primeira Saga de Livramento. Lá se vão 10 anos. Pra quem lê assim, sem mais pormenores, talvez isso não diga nada, ou melhor, talvez nem saiba do que estou falando.
Pois bem, as Sagas de Livramento são viagens marcantes realizadas pela Equipe do Blog pra Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. A Primeira Saga foi em maio de 2006 e a Segunda em outubro de 2010. Na primeira, eu, o Lazie, o Paulinho e o Gustavo. Na Segunda, eu o Lazie, o Paulinho e o Maicon. Ambas as viagens foram inesquecíveis, cada uma do seu jeito. A diferença da primeira pra segunda, é que o Gustavo foi substituído pelo Maicon. De resto, muitas risadas, muita diversão e compras, muitas compras, de eletrônicos à pele de jaguatirica. De whisky à alfajores.
Acesse os links abaixo e confira nossas Grandes Jornadas ao paraíso do consumo (I)rresponsável.

segunda-feira, 25 de abril de 2016

Tempos de Incertezas

Como todo brasileiro minimamente informado, tenho acompanhado o noticiário sobre a Política. No nosso seleto grupo do WhatsApp, chamado Sábado na Casa do Véio, as opiniões sobre esse tema são sempre robustas. Aliás, a Casa do Véio tem sido nosso refúgio para grandes debates, ainda que esporádicos.
O Paulinho (Blogueiro aqui do Blog) se manifestou muito forte no domingo da votação do impeachment, dando a entender que não se tratava de uma defesa à Dilma, ao PT, ou a quem quer que seja, mas sim à Democracia.
Paralelo a isso, tenho tentado analisar as questões à luz da História e não raro a música tem me ajudado. Corro o olho no Google e encontro a letra sempre atualíssima da música “Que País é Esse”, composta por Renato Russo em 1978, quando integrante da Banda Aborto Elétrico.
E quando me dou conta que a música foi escrita há quase 40 anos, fico me perguntando: o que há de novo na Política?? O que mudou nessas quatro décadas??
E então começo a refletir sobre o que escreveu o Paulinho no Grupo. E ouso a dizer, talvez de forma ingênua, que chego a duas conclusões.
A primeira é que, talvez discordando do Paulinho, no momento a Dilma deve sair. Deve sair!!
A segunda, e aí talvez concordando em parte com o Paulinho, é que nossos filhos, sobrinhos, afilhados, daqui a 40 anos estarão falando da mesma coisa que falamos agora. E aqueles mais estudiosos da História citarão mesma música, só que 80 anos depois de ser composta...
E então, uma confusão mental toma conta de mim e me pergunto: deve a Dilma sair?! Ora!! Acabei de dizer que sim!! Pois é, mas o que virá?! Temer e sua bela e recatada esposa do lar? Eduardo Cunha e seus jantares milionários na Europa? O coronel Renan Calheiros e suas maracutaias? Todos ao mesmo tempo?!?!
Alguém levantará o dedo para dizer que esses também devem ser varridos da Política. E então a confusão mental me invade novamente e me pergunto: mas quem ficará?!
A resposta é simples: Quem ficará é quem está. É mais do mesmo.
Outro levantará o dedo pra dizer: nem um, nem outro, todos fora!!! Vamos trocar tudo!! Renovar!!
Renovar com quem? Ciro Gomes, Marina Silva, Aécio... não faltará alguém que dirá “aquele que morreu!!! O Eduardo Campos era o cara!!!” Ledo engano, ele só é “o cara” porque está morto, se vivo estivesse, seria pedra, ou vidraça.
Diz o Paulinho: “vou procurar oportunidades fora do Brasil”. Pode ser, pode ser. A essa altura do campeonato, talvez valha a pena pensar nisso. Eu vou ficar por aqui, mas acho que vale a pena cogitar o abandono, a retirada silenciosa, frente à balbúrdia sem fim.
Por via das dúvidas, prefiro a resignação de pensar que é assim mesmo, não tem solução. Não acredito em solução. Assim se sofre menos, olha-se o futebol e o carnaval. Logo ali tem Olimpíada,  vamos mudar de assunto, falaremos em medalhas, em recordes, em superação. E até numa gostosa aqui, outra ali do Volei.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

O Blog está VIVO!!

Pessoal, é verdade que o Blog passa por um período de recesso. Mas engana-se quem pensa que ele morreu. Continua no ar e em breve teremos novas postagens.
Na foto, o time completo de blogueiros, só para que os Leitores não percam o contato e possam matar a saudade. 

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