segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Um Drone em Congonhas – não tem jeito

As notícias do dia informam que ontem o aeroporto de Congonhas ficou fechado por duas horas, devido a presença de um drone na cabeceira da pista.
Aproximadamente 35 pousos precisaram ser desviados para Cumbica, Viracopos, Ribeirão Preto e até mesmo outros estados. Centenas de pessoas tiveram seus planos interrompidos, modificados, atrapalhados.
Entre essas centenas de pessoas, haviam médicos, pacientes, empresários, advogados, juízes, pessoas viajando a passeio, enfim, cada uma com suas demandas, seus problemas e soluções.
E aí, um drone, simplesmente atrapalha tudo e faz com que essas pessoas tenham que mudar seus planos. Isso sem contar nos custos para as empresas, para o sistema, enfim para todos os envolvidos, pois obviamente, o desvio de 35 voos, naturalmente envolve um custo financeiro importante.
Esse tipo de situação apenas confirma a situação deplorável do Brasil em termos estruturais, éticos, políticos, econômicos. Um país de dimensões continentais, precisa praticamente parar o seu principal aeroporto porque alguém decidiu sobrevoar a pista com um drone.
A Polícia Militar foi acionada, utilizou um helicóptero águia para sobrevoar a região na busca do (i)rresponsável por essa travessura, mas segundo ao site G1 ‘sem sucesso”.
Ou seja, não tem jeito, a única alternativa é orar e torcer que ninguém mais tenha a brilhante iniciativa de sobrevoar com drone os aeroportos brasileiros, ou então teremos que parar nossa malha aérea e esperar a saída desses objetos voadores quando seus operadores bem entenderem. 

sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Reforma Trabalhista entra em vigor

A Reforma Trabalhista que entra em vigor neste sábado, 11 de novembro, altera pontos importantes da CLT que há longa data vinham sendo questionados devido à sua precariedade, seja pela dificuldade de cumpri-los, seja por estarem desatualizados, já que o texto original da Consolidação das Leis do Trabalho data do ano de 1943.
Analisando de forma geral e sem adentrar nos pormenores dos principais pontos da Reforma, percebe-se que a legislação ficou mais leve, prática e sintonizada com o momento que vivemos.
A meu ver, considerando o atual cenário econômico de sérias dificuldades para as empresas se manterem saudáveis no mercado gerando dividendos para os empresários e empregos para as pessoas, a Reforma vem em boa hora, pois desonera determinadas verbas trabalhistas, facilita procedimentos e flexibiliza regras da relação de emprego, o que seguramente irá encorajar as empresas a gerar mais postos de trabalho formais e outros meios absorção de mão de obra, reduzindo o flagelo do desemprego que assola boa parte dos brasileiros.
Além disso, regras relativas ao Processo Trabalhista foram modificadas, exigindo um pouco mais de cuidado por parte de quem demanda perante o Judiciário, evitando exageros nos pedidos sob pena de, no mínimo, ter que arcar com custas e honorários, caso não haja o reconhecimento das suas pretensões na decisão judicial.
Nesse particular, portanto, a Reforma veio corrigir anomalias frequentes na Justiça do Trabalho, por vezes palco de absurdos protagonizados por supostos direitos pleiteados sem qualquer fundamento fático.
A Reforma Trabalhista traz ainda o fim da contribuição sindical obrigatória, sendo este um dos seus pontos polêmicos. Aqui também me parece ter acertado a Nova Lei. Não tenho absolutamente nada contra os sindicatos, muito menos é finalidade deste post entrar nesse mérito. Penso apenas que obrigar o trabalhador a entregar parte do seu salário a quem quer que seja não é correto, sob pena de priva-lo da decisão sobre a destinação que dará do que auferiu com a força do seu trabalho.
Por fim, existem e não podem ser ignorados alguns pontos da Reforma que sugerem possíveis perdas de diretos por parte dos trabalhadores, notadamente com pontuais mudanças em regras de saúde e segurança no trabalho que, se manejadas de forma inadequada ou de má fé por parte de empresários mal-intencionados, poderão afetar de forma prejudicial da relação de emprego.
De modo geral, portanto, numa análise rápida e sem a pretensão de esgotar o assunto, a Reforma Trabalhista é positiva.

Resta esperar e torcer para que os seus desdobramentos, na prática, sejam os melhores possíveis e contribuam para melhorar a vida do sofrido povo brasileiro vítima de tantas injustiças, mas que na sua imensa maioria é ético, correto e de dotado de boa índole.

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Momentos intrigantes. Eduardo Cunha não vai delatar

Quero falar de Política, para não dizer Politicalha, já que esta sim tem imperado no país. Noto um arrefecimento no cenário político dos últimos dias. Passada a votação da denúncia contra o Presidente, cujo resultado já era esperado, ao que parece estamos vivendo o começo de um final, ainda que um final provisório, uma pausa, uma trégua.
As notícias de Porto Alegre, de Curitiba, de Brasília, do Brasil, em geral nos trazem mais do mesmo: julgamentos pendentes, delações, acusações, negações e agora a (não) delação do Eduardo Cunha. Diz ele que não vai delatar.
Vou ficar com essa última. Bom, considerando se tratar do Eduardo Cunha e do fato que as delações andam de baixo para cima, ou seja, os criminosos menores têm suas penas reduzidas em troca de informações para condenar criminosos maiores, fico aqui pensando se ele teria muito, ou pouco a delatar já que se trata de um “bandido TOP”, portanto, ocupando cadeira entre os maiores.
Teria o ex deputado algo tão bombástico a delatar que não acabasse recaindo em mais e mais evidências sobre sua conduta delituosa?
E se a sua delação implicar na revelação de crimes dele próprio ainda desconhecidos?
Não esqueçamos, nem por um segundo, que estamos falando de um bandido da mais alta patente, por isso, tudo o que nossa “vã filosofia” possa imaginar será apenas suposições. Certamente outras dezenas de hipóteses podem ser ventiladas para explicar a (não) delação de Cunha.

E com toda certeza, nenhuma delas é porque ele se arrependeu pelo que fez e pretende cumprir integralmente sua pena para voltar ao convívio social recuperado.

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