Como sabem, tenho viajado com muita frequencia. Também não é
novidade que tenho criticado muito o transporte aéreo no Brasil. Nessas viagens,
entre um voo atrasado e outro, encontro muitas pessoas nos aeroportos, todas ilustres
desconhecidas que padecem do mesmo mal que é ficar longas horas esperando pelo
tão sonhado embarque, seja pra ir seja pra retornar de uma atividade
profissional.
No geral as pessoas que encontro são boas. A gente puxa uma
conversa aqui, outra ali, todas muito rápidas, geralmente para comentar os
atrasos. As pessoas são pacíficas, algumas um pouco mais irritadas, mas no mais
das vezes conformadas. São rostos cansados; a maioria que viaja durante a
semana está a trabalho, algumas apressadas, outras ficam o tempo todo no
celular, outras no computador, algumas tentam recuperar o tempo perdido trabalhando
em seus escritórios móveis.
Eu particularmente prefiro a leitura que faz o tempo passar e
é algo produtivo. Também atendo e faço algumas ligações de trabalho, pois não
dá pra ficar sem resolver as pendências mais urgentes, porém a leitura tem sido
a fiel companheira e isso tem sido bom. Leio de tudo, especialmente livros que
tratam de carreira e trabalho, mas isso não é uma regra. A única regra é olhar
um livro e se gostar compro. E leio.
Muitas outras pessoas ao meu redor lêem também, talvez seja
por isso que se mostram pacientes e resignadas com o caos que se instalou nos
aeroportos e ao que tudo indica está longe de ser resolvido.
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