quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A saga de Livramento – o retorno! Cap. VI

Nossa experiência no Cassino de Rivera foi meio frustrante. Primeiro, para entrar no lugar a gente tinha que obrigatoriamente gastar alguma grana, uma espécie de consumação.

Na porta de entrada do Cassino fomos interpelados por alguns senhores que falavam um portunhol desesperador, mais ou menos assim:

- Queres trocar reales por pesos? Si, yo troco para ustedes...

- Não precisa, a gente tem reais.


Ou seja, ele queria que trocássemos os nossos reais por pesos e os bocós aqui não entenderam o que ele falou. Entramos no Cassino com nossas economias em reais para o jogo e adivinha? Não poderíamos comparar as fichas em reais, tinha que ser em pesos. Resultado da operação, voltamos ao tiozinho que falava engraçado e pedimos para trocar uma grana.

De posse de gloriosos 200 pesos (20 reais) por cabeça, adentramos novamente no recinto e aí sim, enchemos um potinho com 20 fichas cada um e nos atracamos nas máquinas. Não vou contar os pormenores de nosso encontro com as máquinas, que isto está num outro post aqui no blog. Posso dizer apenas que, num momento eu tinha 20 fichas, logo depois não tinha mais nada, e alguns instantes mais tarde eu tinha 60 fichas. Eu iria trocar, mas o BÓ foi trocar as dele por reais e o tiozinho da porta disse que não trocava, que tínhamos que gastar aquela porcaria nas lojinhas do Uruguai. Isso nos desanimou. Resolvemos gastar as fichas com as máquinas mesmo que pelo menos elas nos falavam coisas amorosas enquanto inseríamos créditos.

Finalizamos nossa jornada cassinística gastando uns pesos que o BÓ ganhou no bar mesmo, trocando por Cerveja.

Agora, cá entre nós, que coisinha sem graça esse troço de Cassino. Fica-se lá inserindo ficha e apertando um botão até a máquina cuspir fichas de volta ou engolir o teu dinheiro. E ademais, tu nunca sabe o que tu precisa fazer para ganhar. Não entendi lhufas do que aquela porcaria de máquina fazia, nem quando me dava dinheiro e nem quando me levava dinheiro. Os guris também não gostaram. Foi uma decepção geral.

De legal mesmo foi apenas o fato de termos encontrado um famoso repórter de TV, de nome Dornelles, que antes trabalhava no Plim-plim e agora trabalha naquela no pastor (não fica bem citar nomes de emissoras, vai que me processem). Eu o reconheci na hora, mas confesso que a TV ajuda muito na imagem da pessoa. O sujeito era meio churriado, manja??? A base no rosto que ele usa quando faz as reportagens é milagrosa...

Bueno, tomamos nossas cervejas e decidimos retornar ao QG central, no Hotel Masseilot, para jogar conversa fora e avaliar como foi a nossa experiência na jogatina. Pegamos o resto dos pesos, trocamos por umas cervejas e voltamos ao Hotel. No caminho, o Playmobil comprou uns charutos para queimar quando chegássemos ao Hotel. Comprou dois, mas não agüentou nem um inteiro. Parecia um pai-de-santo num misifio-misipai interminável, queimando aquela porcaria.

Não era nem meia-noite ainda e resolvemos nos recolher aos nossos aposentos, para o merecido descanso após uma jornada tão trabalhosa. Vou confessar, não via a hora de me deitar, pois as minhas costas estavam me matando. Não tenho mais idade para ficar acordado até tarde na jogatina e na beberagem (isso foi escrito para marcar pontos com a patroa em casa!). O Dezã também entrou nesse barco. Sabe hérnia de disco, ciático e lombalgia? Pois foi o que nos restou depois da jogatina no Cassino.

Mas aquilo que seria um descanso acabou se transformando num pesadelo...

Saiba por que amanhã, no próximo capítulo da emocionante, intrigante, hospedante, delirante, açulante e coruscante história: A saga de Livramento – o retorno!

Nenhum comentário:

..Assuntos (clique num assunto abaixo para filtrar os artigos):