quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Us X Them - Entre o céu e o inferno


Tem uma coisa que está me deixando por deveras cansado: a lenga-lenga desse “nós contra eles” que se assola no Brasil.
Tudo é nós contra eles. Se gosto de banana e outro não gosta, eu não sou um bom sujeito, ou ele não é. Se sou torcedor de um time e alguém torce para o time rival, ou eu sou estúpido ou ele é. Notem, escrevi “time rival” e não “time inimigo”.
É constrangedor ver pessoas inteligentes, cultas e bem-educadas, perdendo a compostura por discussões sem sentido algum. Até ontem, as urnas eram democráticas, hoje não são mais. Até ontem, corruptos deveriam ser presos e responder de dentro da cadeia por seus crimes, como qualquer bandido. Hoje, não mais.
O mal só é mal quando vem do lado oposto ao meu. E isso, convenhamos, está chato, pois perde-se o respeito pelo ser humano.
As pessoas não SE escutam mais. Quando digo que não SE escutam mais, é porque não escutam sua própria voz ANTES de falar. E depois que falamos, foi-se o boi com a corda, pois precisamos justificar aquilo que foi dito de alguma maneira.
Quando me perguntam “porque tu não escreves sobre política, religião, futebol, etc.”, fico em dúvida se deveria ou não fazê-lo. Mas então surge a luz no meu cérebro que me sinaliza:

São assuntos demasiado grandes para que eu os debata, e demasiado pequenos para que eu os discuta.

Prefiro tratar de amenidades e ser feliz!!!!


quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Extinção do Ministério do Trabalho


O Presidente Jair Bolsonaro anunciou hoje que o Ministério do Trabalho será extinto e suas funções incorporadas a outra pasta.
É necessário que fique muito claro que as atividades realizadas serão mantidas, portanto, as funcionalidades atualmente sob a titularidade do MT, apenas serão alocadas em outra estrutura ministerial, ou melhor falando, num Ministério que não será o do Trabalho.
Particularmente sou contra.
Importante frisar que a minha contrariedade nada tem a ver com a retórica que já vem sendo externada por parte dos que também não concordam, de que a extinção do Ministério do Trabalho implicará num retrocesso da relação capital e trabalho, com perdas para o trabalhador.
Deixo claro também, que não concordo com boa parte da atuação do Ministério do Trabalho, ainda mais no que se refere às suas intervenções que muitas vezes inviabilizam os meios de produção que geram o desenvolvimento do país.
Ainda assim, discordo da medida.
O Ministério do Trabalho, a meu ver, não deve ser extinto, mas sim reformulado, repensado. Se é verdade que a sua extinção será no campo formal, com suas atribuições e atividades mantidas, essa é uma verdade incômoda, pois a atuação do MT como está, é deficitária e inadequada.
Entendo que seria mais interessante manter o Ministério do Trabalho e fazer mudanças profundas na sua forma de atuação de modo a torna-la mais moderna e adequada às atuais relações de trabalho.
E então sim, reformulado para uma atuação moderna e coerente, teríamos um autêntico Ministério do Trabalho, que, credenciado pela força do seu nome e sua institucionalidade, tornaria mais viável e legítimo o desafio de manter a boa vivência do capital e o trabalho.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

As escolhas do Presidente


A decisão do Presidente Jair Bolsonaro de convidar Sérgio Moro para o Ministério da Justiça e Segurança Pública é completamente compreensível. A simbologia da escolha, aliada a incontestável competência do agora Ministro Moro, forma um conjunto virtuoso que nos leva a um otimismo natural.
Temos um Presidente eleito que tem se caracterizado pela objetividade, pela simplicidade e por escolhas teoricamente cirúrgicas do ponto de vista de adequação para formação do seu Ministério. Portanto, até o momento, nada a retocar, tudo saindo melhor que a encomenda.
E ao que tudo indica, o que vem pela frente são novas definições acertadas, o que nos dará tranquilidade quanto à composição do Executivo Nacional.
Após composta a escalação do time e após passado o frenesi pelo anúncio de cada novo nome, virá a realidade, a vida real. E o Congresso Nacional. E é aí que mora o perigo.
Temos, é verdade, um Congresso renovado, com diversos nomes do passado barrados nas urnas. Isso é muito bom para o novo governo que se instala.
Teremos também uma lua de mel no início do mandato, que se espera, seja a mais duradoura possível. E é aí que o Presidente terá que usar de toda a sua objetividade e simplicidade para aprovar medidas importantes e polêmicas, como as reformas da previdência e tributária, entre outros pontos nevrálgicos do cenário nacional.
Lembremos que algumas das propostas do novo governo demandarão maioria absoluta em ambas as casas do Congresso Nacional!!! E aí, em se tratando de Brasil, dificilmente será possível abrir mão da tradicional política do “toma lá dá cá”. E não porque o Presidente seja desonesto ou igual aos demais que já fizeram a mesma coisa. A questão aqui é matemática, ou faz alianças muitas vezes espúrias, ou simplesmente não governa. E, em não governando, perde força, perde popularidade, perde poder.
Por isso tenho dito que o momento é de apoiar as escolhas do Presidente e torcer para que sejam sempre muito bem acertadas, independente de cores partidárias, preferências ou ideologias.


quarta-feira, 31 de outubro de 2018

A bola pune


A direção e parte dos torcedores do Grêmio estão inconformados com a derrota frente ao River Plate na noite de ontem pelas semifinais da Libertadores e agora há a sinalização de ingresso com recurso junto a CONMEBOL, com objetivo de reverter o resultado de campo.
Particularmente, na condição de torcedor gremista, entendo que tal atitude não está a altura da história e das glórias do Grêmio.
É claro que em tempos que assistimos a justiça triunfar sobre os infratores das regras, testemunhar um ato de “malandragem” do treinador do River ao utilizar o rádio para se comunicar com o banco de reservas e no intervalo usar um disfarce para dirigir-se ao vestiário afim de dar orientação aos seu jogadores, de certa forma nos deixa um tanto decepcionados por perceber que, mesmo com a evolução da humanidade em termos de atitudes éticas, ainda ocorrem atitudes com a finalidade de obter vantagem indevida.
Por outro lado, a um dito popular que diz: “o cano não enferruja da noite para o dia”. É evidente que na temporada de 2018 o rendimento do time do Grêmio não é o mesmo de 2016 e 2017, quando provavelmente fatores extracampo, tão comuns ao futebol seriam superados pela qualidade do time. A verdade é que o Grêmio vem jogando mal, não é de hoje e nada de concreto foi feito para retomar a velha forma que nos trouxe alegrias no passado recente.
Portanto, valer-se de fatores ocorridos fora das quatro linhas para reverter uma situação criada dentro delas, me parece inadequado.
Que haja uma punição severa ao River que sirva de modelo para inibir novos acontecimentos. Se for a perda da vaga ou do título, que assim seja, mas que isso não seja convertido em prêmio para o perdedor, porque afinal de contas, ele perdeu.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Eleições: passado, presente e futuro



Encerramos uma manifestação da democracia no Brasil com o término do pleito eleitoral que levou Jair Bolsonaro à Presidência da República.
  • O passado ficou para trás no calendário, mas continua sendo analisado para a compreensão do presente e projeção do futuro.
  • O presente é de euforia em uma “certeza” de dias melhores, que há muito não se via na nação.
  • O futuro, bom, o futuro já não é mais como era antigamente. E é ele que nos interessa.

Pelo meu voto o futuro não ficaria nas mãos de nenhum dos dois candidatos finalistas. Mas agora está nas mãos do eleito e é por ele que devemos torcer.
O resultado das urnas deve ser respeitado por vencedores e vencidos.
Quem ganhou deve respeitar o resultado cumprindo o que prometeu, governando para o bem comum, portanto, também para quem escolheu outra opção.
Quem perdeu deve entender que o vencedor é legítimo, precisa governar e isso implica em colaboração, sem deixar de fazer a necessária oposição.
Respeitar o resultado das urnas significa saber ganhar e saber perder. E principalmente saber porque ganhou ou perdeu.
Na eleição passada o perdedor não soube perder e o ganhador não soube ganhar. 
O perdedor questionou o resultado, tropeçou nas próprias pernas e seu resultado foi desastroso. 
O ganhador não honrou os votos que recebeu e o que se vê é um fim de mandato – ou o que sobrou dele – dos mais melancólicos da história.
Enfim, estamos diante de uma oportunidade de fazer dar certo e cada um de nós pode dar sua contribuição, independente de cores partidárias, de preferências pessoais, da esquerda, da direita de Bolsonaro ou de Haddad.



terça-feira, 23 de outubro de 2018

Eleições X Opções II


Chegou a hora do segundo turno, aquele que definirá o próximo Presidente de Republica.
Retomo o assunto sem sequer trocar o título do post porque opções que tínhamos no primeiro turno são as mesmas do segundo, apenas necessitando de uma homologação prevista na lei.
Jamais pregaria o voto branco ou  nulo, pois votar, ainda que num país em que o voto é obrigatório, trata-se de um ato de cidadania, portanto, entendo que deve ser exercido na sua plenitude e isso implica em fazer uma escolha entre as opções possíveis.
Votar, num ou noutro candidato à presidência, entretanto, não será mero ato de cidadania, mas sim um esforço hercúleo contra uma ponta de vontade de anular o voto.
Votarei. Votarei sem convicção, num candidato que não gostaria de ver eleito. E isso vale para os dois concorrentes.
Vote você também, mas o faça de acordo com a sua consciência, não com a consciência das redes sociais, pois nelas há mais paixões perigosas do que a tão necessária razão que o momento requer.
Aliás, se alguém lesse esse texto, sugeriria que procurem ler os blogs e sites independentes que publiquem textos produzidos com alguma medida de razão e originalidade, ao invés de passar horas do seu dia curvando o pescoço nas redes sociais vendo o mero compartilhamentos de repetidas bobagens.
Bom voto a todos e que vença quem vencer.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Eleições X Opções


No próximo domingo o povo brasileiro vai às urnas para votar na eleição mais importante das últimas três décadas.
Em 1989 passamos por um momento parecido, quando tivemos a primeira eleição direta para Presidente da República, depois da redemocratização do Brasil.
Lamentavelmente, nesse período 30 anos que data do apagar das luzes da década de 80 até o momento atual, pouco mudou. E o que temos de novo, é pior do que era antes.
Se lá em 1989 pelo menos alimentávamos esperanças com a possibilidade de eleger o “caçador de marajás” ou o “operário” que ajudaria os pobres, hoje em dia estamos divididos entre a ameaça de retorno do regime militar e o plano orquestrado por um presidiário.
Não bastasse isso já ser trágico, no meio desses extremos, o que temos não dá nem pra dizer que o povo poderia escolher coisa melhor do que apontam as pesquisas: ora um candidato que promete tirar as pessoas do SPC, ora o que reprova a volta da CPMF, criada pelo seu próprio partido quando esteve no poder.
Não vou nem falar nos candidatos periféricos das pesquisas de intenção de voto, que vão desde milionários banqueiros, até aos que prometem estatizar as empresas privadas. Tem também um que passa o tempo todo gritando “glória Deus!!”
O cenário, portanto, caros leitores, é deprimente, assustador, de incertezas sobre o futuro e da certeza que o presente não aponta nada de promissor no horizonte.


terça-feira, 18 de setembro de 2018

Eleições e Redes Sociais


As eleições estão chegando e o que se vê não é nada agradável. As redes sociais estão cheias de opiniões para todos os lados. Opiniões que não se sabe ao certo de quem, pois são compartilhamentos de alguém que disse, que viu, que filmou, que fotografou, que, enfim, fez aquilo chegar até nós.
Algumas poucas postagens carregam algum conteúdo aproveitável, enquanto a maioria são agressivas, cheias de ódio e de crença que a única via correta é aquela de quem postou, sendo as demais reprovadas com veemência, criticadas, descartadas.
A cada nova eleição as redes sociais assumem papel mais importante. As mudanças na legislação que estabelece o horário eleitoral no rádio e na TV fizeram a tradicional propaganda minguar, cedendo espaço para os novos meios de interação social.
Particularmente optei em não me manifestar; se o fizesse, faria através de uma opinião própria, escrevendo ou falando sobre o meu posicionamento. Mas definitivamente, isso não vale a pena, pois se fosse fazê-lo, certo ou errado, estaria eu sendo original, autêntico. E quem se importa com autenticidade ou originalidade?!
A era é do compartilhamento e não do pensamento, da reflexão, da produção própria de conteúdo. Pensar, refletir, produzir, dá trabalho. Compartilhar, não. Então, compartilha-se tudo aquilo que está mais ou menos afinado com o que defendemos, mas não refletimos sobre o que estamos compartilhando para avaliar se realmente estamos dispostos àquela exposição, se realmente estamos acometidos de todo aquele ódio, de toda aquela crença do que estamos compartilhando. Simplesmente compartilhamos porque aquilo está pronto.
E o fenômeno que decorre desse comportamento meramente reprodutor de algo feito sabe-se lá onde, por quem e em que circunstâncias, é a revelação de personalidades totalmente diferentes das que conhecemos na vida real.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

A condenação de Zeca Camargo

Circula a notícia da condenação imposta ao jornalista Zeca Camargo a pagar indenização de 60 mil reais para a família e empresários do cantor Cristiano Araújo, morto vítima de acidente de carro em junho de 2015.

A juíza que julgou o caso, entendeu que Zeca Camargo foi desrespeitoso coma família do cantor ao publicar uma crônica que questionava os excessos de comoção e cobertura da mídia em torno do acidente que vitimou o cantor e sua namorada Allana Coelho.

A família e os empresários alegam que Zeca Camargo teria menosprezado o acontecimento ao questionar o quão ídolo e conhecido seria Cristiano Araújo, ao ponto de todas as emissoras de televisão – inclusive a Globo, onde trabalha – interromperem suas programações para noticiar o fato.

Não sou fã de Zeca Camargo, mas não concordo com a condenação.

É bem verdade que para a família que perde um ente querido, independentemente de ser famoso ou não, o sofrimento é irreparável e de difícil absorção. E nesse sentido, é compreensível que, profundamente machucados, os familiares ficam rigorosamente sensíveis e por certo se sentem agredidos com qualquer manifestação que diminua ou deprecie a figura daquele que partiu.

Daí a pleitear uma indenização porque um formador de opinião questionou os excessos midiáticos em cima do caso, tendo em vista que, de fato, não se tratava de um grande ídolo nacional, me parece exagero, cerceamento da livre manifestação e abertura de um precedente perigoso em tempos de exagerada ênfase ao politicamente correto, em detrimento da liberdade de exposição de pensamento.

É salutar que o Poder Judiciário esteja vigilante e puna atitudes discriminatórias e desrespeitosas sofridas pelas pessoas em todas as escalas. Mas vamos um pouco mais devagar. Está ficando demais. 

quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O Julgamento de Lula - Opinião

Hoje ocorre no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre, um dos maiores julgamentos da história do Judiciário brasileiro. 

Enquanto a defesa de Lula pede a absolvição alegando a falta de provas, o Ministério Público busca a confirmar a condenação de primeira instância, inclusive com aumento da pena.

Há até questionamentos sobre a celeridade do Poder Judiciário no julgamento do caso, vejam a que ponto chegamos.

O clima é de tensão em Porto Alegre. Ruas estão bloqueadas. Movimentos de ambos os lados se mobilizam, cada um do seu jeito e com as suas convicções políticas.

O resultado já é líquido e certo: a condenação de Lula. Basta saber se a pena será apenas mantida ou aumentada. Acho que aumenta.

Particularmente, acho que a decisão que irá confirmar ou aumentar a condenação pouco importa, ainda que no seu entorno haja uma grande simbologia.


A decisão condenatória que será prolatada, sem adentrar no mérito da robustez ou não das provas, virá dizer aos brasileiros que o Brasil está mudando. E se for verdade a afirmação de Lula que ele é o “ser humano mais honesto do mundo”, que então essa “condenação injusta”, sirva para mostrar que não basta ser honesto, tem que parecer honesto. E Lula não parece. 

terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Algemaram o Sérgio Cabral. E daí?

A discussão é sobre o procedimento da Polícia Federal ao algemar e acorrentar o presidiário Sérgio Cabral quando da remoção do elemento de uma cadeia para outra.
Com todo respeito à imprensa que noticia o fato, entendo que isso não tem a menor importância, independente de uma Súmula do STF regulamentar o uso de algemas.
O procedimento da Polícia Federal me pareceu perfeito, pois se trata de um réu preso de alta periculosidade, que poderia tentar fuga e colocar vidas em risco durante a operação.
Ou alguém ousa dizer que o Sérgio Cabral não é um bandido perigoso?
Se um bandido que mata uma pessoa pode ser considerado perigoso, aquele que mata centenas nas filas dos hospitais, para citar apenas um exemplo, é menos ou mais bandido que o outro?
Onde está a maior ou a menor violência?
O que muda é o método de matar e o tamanho estrago feito, diga-se de passagem, imensamente maior no caso dos crimes praticados por Cabral. Mas não a violência!
Diz a defesa do réu condenado que a atitude foi “animalesca”. Talvez, mas não mais animalesca do que a maldade praticada por esse delinquente com o povo.
Então, diletos leitores, concordo plenamente com a Polícia Federal ao algemar e acorrentar um bandido durante uma operação determinada pela Justiça.
Não se trata do “olho por olho, dente por dente”. Definitivamente, não, pois nem de longe a suposta exposição do réu foi mais grave do que a exposição que ele causou ao povo ao roubar cifras inimagináveis.

E se a Justiça determinar seu retorno ao SPA do Rio de Janeiro, com presunto de Parma, TV 65 polegadas, entre outras regalias, que ao menos seja algemado e acorrentado. Como deve ser tratado um bandido perigoso.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

O texto do Paulinho e os Smartphones

Dias atrás o Paulinho publicou esse texto aqui no blog. Como lhe é peculiar, fez uma abordagem inteligente e reflexiva, para ao final tecer sua crítica às chamadas Fake News, as falsas notícias que são publicadas, reproduzidas e compartilhadas nas redes sociais até o ponto de parecem verdadeiras.
O texto é simplesmente fantástico, se não acredita, CLIQUE AQUI.
E tem algo nesse texto que chamou demais a minha atenção. É quando ele diz: “interpretação de texto parece em falta no mercado”.
Sábias palavras!!
E iria além: interpretação de texto não parece em falta no mercado; ESTÁ em falta no mercado.
É aterrorizante observar o comportamento humano nas redes sociais. E mais aterrorizante ainda é observar o comportamento físico das pessoas com seus inseparáveis telefones celulares.
Para onde quer que se olhe, nas paradas de ônibus, nos restaurantes, no shopping, na fila do supermercado, enfim, em qualquer lugar que seja, lá estão as pessoas vidradas em seus Smartphones.
E fazendo o quê? Lendo esse texto é que não!!
Estão nas redes sociais “lendo” e multiplicando merd, digo, “conteúdo” de todo gênero. E pior: sem saber se é falso ou não, sem analisar se aquilo é relevante ou não.
Interpretar, como falou o Paulinho, nem de longe passa pela cabeça dos corcundas do Smartphone, afinal, interpretar é coisa do passado. Vivemos a era do compartilhamento, seja lá do que for.

Mas há algo de bom nisso tudo, sempre há: como ninguém lê nada direito, nem interpreta nada, por mais idiota que seja o “conteúdo” compartilhado, ele ficará só pulando de macaco em macaco, digo, de Smartphone em Smartphone, apenas criando confusão para quem não lê e sai compartilhando “coisas”. (sinônimo de coisas é isso mesmo que você está pensando).

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