quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A saga de Livramento – o retorno! Cap. XII

O seu Arlindo recebeu uma ligação de uma cliente. Como eu sei? Porque a ligação entrou no celular dele e o celular repassou para o rádio do carro. Não o rádio-amador, o rádio mesmo, que toca música, manja?


O tiozinho tem um rádio no carro que está interligado ao celular pelo Blútufe. Mó marra... Aí, entra uma ligação e transfere para o rádio e ele fica falando nuns microfonezinhos do painel e ouvindo o que a pessoa do outro lado fala pelos auto-falantes do carro. Duas palavrinhas: U-au!!!!!!!

Tecnologia mén, é disso que estou falando.

Foi nesta hora que o clima no carro melhorou. Quando a gente viu o seu Arlindo atendendo a parada começamos uma série interminável de perguntas que deixou ele tri feliz, porque a nossa curiosidade fez dele uma espécie de ser superior.

- Báh, mas como funciona esta parada?


- Assim ó: eu recebo uma ligação no celular, passa via blútufe para o rádio, aí eu vejo quem tá ligando e respondo. Tudo muito simples. Vocês não conheciam?

- Nãooooooooooo!

Aí o seu Arlindo ficou marrento, grandão mesmo! Já começou a contar dos filhos que estão nos States, que o filho já tinha guiado uma Ferrari e bibibi... começou a ficar legal a conversa. Contou prá nós que tinha outro carro de praça (táxi) e os bocós só ouvindo as historinhas. Mostrou umas fotos do filho com uns carrões bacanas, contou dos carros que teve antes daquele... Até dos assaltos que tinha sofrido ele nos contou. Ficou nosso amigão. Mostrou o celular que ele estava usando: Um blaquibérri... meu!, é o primeiro taxista que eu conheço que tem um blaquibérri. E mais, contou para nós que comprou uma tevê de 52 polegadas e tals e que vai ficar uns 60 dias nos States com o filho. Entendeu agora porque eu disse no capítulo anterior que era um taxista ricaço? Quantos taxistas tu já viu com blaquibérri, TV de 52 polegadas, dois carros na praça e que fica 60 dias de férias nos States? Eu não conhecia nenhum, até encontrar o seu Arlindo.

Bom, depois que o clima ficou mais ameno, a viagem ficou menos traumatizante. Nem o fato de querer fazer xixi, no caso eu e o Dezã, fez com a viagem ficasse estressante. Bom, a parada pro xixi foi logo resolvida. Quando começamos a subir a serra em direção a Farroupilha paramos num posto para isso. Eu e o Dezã até tentamos fazer uma troca de lado no carro para ver se diminuía a dor no ciático. Não deu certo, continuou doendo. Mas o clima estava bem mais leve.

Aí o Playmobil quis mexer no celular do seu Arlindo... Não conseguiu, óbvio. O celular era tri marrento mesmo. Nem desbloquear ele conseguiu. E para não ficar para trás, ele mostrou o celular dele para o seu Arlindo. É um Nókia retrô, modelo 1970 mais ou menos. Mas fala e manda mensagens. Isso é o que importa!

No final das contas, o celular caiu na mão do BÓ. Cara, o BÓ é o sujeito mais tecnológico que eu conheço... manja tudo de tecnologia e essas coisas científicas que tu só vê em filmes. Aqui, outro parêntese: O blog só tá assim lindão porque o BÓ fuçou nele. Fecha parêntese.

Resultado, conseguimos ver as fotos do seu Arlindo e o filho dele dentro de uma Mercedez-Benz. Depois o filho dele ao lado de uma Ferrari. Depois o filho dele do lado de um Porsche. Depois o filho dele do lado de outro carrão, e mais outro e mais outro e mais outro. Cansamos de ver o filho do seu Arlindo.

Aí foi preciso parar... Porquê?

E agora? O que aconteceu? Você saberá daqui a pouco, no próximo capítulo da emocionante, intrigante, hospedante, delirante, açulante, coruscante, embasbacante, viajante, fiscalizante, inebriante, apertante e alimentante história: A saga de Livramento – o retorno!

Nenhum comentário:

..Assuntos (clique num assunto abaixo para filtrar os artigos):