quarta-feira, 9 de junho de 2010

A saga de Livramento – Final

Bueno, após terem acordado, as duas donzelas voltaram a dormir. Tivemos que abalroar novamente a porta de ambos os quartos, para que eles finalmente levantassem. Uma vergonha. E a tiazinha esperando com o leitinho quentinho e o coador.
No fim das contas, prá quem ia sair as 7 horas da manhã, conseguimos sair depois das 9 horas, com visíveis sinais de ressaca nos quatro hóspedes.
Mas antes de pegarmos a estrada, resolvemos que precisávamos comprar ainda algumas coisinhas. Nos dirigimos novamente ao país vizinho, e adentramos em uma loja de alimentos para comprar queijo, mostarda, “dulce de lecce” e azeite de Oliva. O BÓ ainda queria comprar mais algumas coisas, mas nossa cota já estava mais do que ultrapassada.
Enfim, finalizamos as comprar e nos mandamos para a estrada. O combinado era que na volta dividiríamos a direção, para ninguém ficar no sufoco, até porque todos estavam ainda sofrendo dos efeitos etílicos.
Paramos para abastecer e o Gustavo, que vinha sentado no banco de trás, com a cabeça encostada no vidro, começou a passar mal. O cheiro da gasolina estava muito forte, e a ressaca, mais forte ainda. Quase que se vai “o gato com as tripas”. Mas ele agüentou a pressão.
O Dezã, por exemplo, com medo de ter ultrapassado a cota, vinha envergando uma belíssima jaqueta de couro uruguaio, bastante distinta, não fosse o caso de estar 40º à sombra.
Os melhorzinhos, que éramos eu e o BÓ, é que vínhamos nos revezando no volante. No primeiro trecho, eu dirigi, depois ele, depois eu, depois ele e depois eu. O Dezã foi parceiro, e resolveu nos ajudar nessa empreitada, dirigindo uns 100km (andamos quase 800km, mas já ajudou).
Lá pelas tantas, o Gustavo acordou e viu que estávamos perto de um lugar onde se vendia peles de jaguatirica.
- Pára, pára, pára... olha lá, vamos perguntar o preço das peles de jaguatirica...
Paramos. Descemos. Perguntamos.
- Pele de jaguatirica? Não, não temos. Estas aí são de gado mesmo...
Pelo menos o tiozinho foi gentil e nos levou para conhecer a tecelagem dos palas novos. Sabe pala? Já escutou a música do Noel Guarany “uma vez fui na cidade, na maldita perdição, lá perdi meu pala velho que me doeu no coração...” ??? Nunca escutou??? Então vai procurar no youtube...
Tiramos umas fotos, que a máquina estava a postos desta vez, e voltamos prá estrada.
Até hoje nenhum de nós sabe como é a dita pele de jaguatirica. Mas a toda hora lembramos a viagem com saudade da ressaca.
Uma hora dessas, ainda vamos de novo.

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