segunda-feira, 28 de junho de 2010

Maicon e Pã... alguma coisa em comum

Conta-se a boca pequena, que certa feita surgiu uma ninfa escultural, meio que uma Malu Mader das fábulas mitológicas, de nome Sirinx. Antes que algum gaiato diga que Sirinx parece nome de remédio, Maria parece nome de bolacha e ninguém tira onda!.
Mas bem, conta-se que a bela Sirinx jurou que nunca!, jamais!, em tempo algum!, iria repoltrear-se com algum varão, passando noites em orgias ou ainda mansamente conhecer alguém no sentido bíblico, entende?. Prometeu ela que para todo o sempre sua vida seria dedicada a Diana, deusa das matas e caças e protetora da, vejam só, virgindade. Agora vê se tem fundamento!. Aí tem coisa. Mas a mitologia não se aprofunda nesse negócio.
Ah!, mas a vida... a vida é como o futebol... uma caixinha de surpresas!.
Eis que um belo dia o deus Pã - outro com nome engraçado – passeava pelo bosque com seus ágeis pés de bode, quando avistou a bela Sirinx que por ali também passeava e ficou perdidamente apaixonado, se largando com tudo atrás de ninfa, que fugiu a toda por entre as árvores, mas não conseguiu escapar do seu perseguidor. Pã agarrou-a pela cintura, olhou no fundo dos seus olhos e quando ia tirar uma casquinha, Sirinx pediu ajuda para suas amigas ninfas, que imediatamente lhe libertaram, deixando nas mãos do Pã um feixe de juncos. Pã, desconsolado e humilhado em sua masculinidade, ou bodelinidade visto que ele é meio bode e meio homem, suspirou e o ar de seu suspiro passou por entre os juncos, criando um som belíssimo. Foi então que o sátiro e criativo Pã amarrou alguns juncos de tamanhos desiguais, criando a famosa “flauta de Pã”.
Bom, meu amigo Maicon, também conhecido como Playmobil, é apaixonado por motos e as motocas são como ninfas para o garoto. Mas uma em especial é a mais bela dentre todas, como se fosse a Sirinx das motos: a moto de trilha.
Buenas, o fato é que o Playmobil comprou uma “motinho” prá fazer trilha.
Manja trilha, andar de moto no meio do mato, atravessando rios e lama e o que mais vier pela frente? Pois foi, o Playmobil resolveu de fazer isso. Trilha. Ele e sua bela Sirinx de duas rodas. Que côsa.
Só que não contente em fazer a dita trilha, ele tem que se aparecer na rua onde mora, andando sem o cano da moto, andando numa roda só, fazendo asneiras em duas rodas. Tipo a bolachinha mais recheada do pacote dos trilheiros.
Mas, como a vida é uma caixinha de surpresas, num belo dia, saía o Playmobil para mais uma de suas aventuras matagais, quando antes de qualquer coisa foi se aparecer prá vizinhança. Tal qual uma vingança das ninfas, na terceira ou quarta vez que ele subia a rua com a moto empinada numa roda só, a sua bela Sirinx de duas rodas se rebelou e atirou o Playmobil aos ares.
Antes mesmo de ele fazer pã, no chão, a vizinhança já estava rindo.
Conta-se nos círculos sociais do bairro que tinha vizinho acendendo vela para pagar promessa, mas acho que isso é maldade da turma.
Agora, nos dias em que vai sair de motinho, o jovem Playmobil ouve um som deveras insinuante, assim como a flauta do Pã pés de bode: a risada da vizinhança lembrando o dia em que ele se esborrachou no chão.
Só falta agora ele amarrar uns quatro canos de moto e sair soprando por aí. Mas acho que o som não vai ficar legal.

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