terça-feira, 26 de outubro de 2010

A saga de Livramento – o retorno! Cap. XI

Então o Dezã ligou para a seguradora novamente, falou que não foi possível arrumar o carro e precisaria de outro táxi para nos levar a Farroupilha.

- Olha só, me manda um carro Sedan, com porta-malas grande, porque tem um monte de muambas, digo, compras e bagagens. Somos quatro passageiros!

- Senhor, vou estar verificando, pois já estivemos disponibilizando um veículo para o senhor e o veículo foi dispensado.

- Sim, eu dispensei o veículo porque iríamos tentar arrumar o carro. Inclusive eu disse isso na outra ligação.


- Olha só senhor, como o senhor dispensou o veículo, a partir do momento da dispensa não poderemos estar liberando outro carro.

- Moça, eu não sei o que tu vai fazer, mas eu quero outro carro. Eu preciso voltar prá casa!

- Senhor, aguarde um instante que vou estar verificando com meu superior para estar lhe respondendo em seguida... Tananananananananã, tanananã, tanananã... Alguns instantes depois... Senhor André, em seguida estaremos disponibilizando outro veículo para o senhor. Obrigado por aguardar. Posso lhe ajudar em mais alguma coisa?

Ainda bem que o Dezã não respondeu.

Depois deste pequeno desentendimento, o táxi da seguradora chegou para nos buscar e adivinha? Era um Sedan, quatro portas, mas com um KIT GÁS NO PORTA-MALAS! Manja kit gás??? O troço é gigantesco! Mas graças a senhor bom Deus coube todas as coisas no porta-malas... Só que os passageiros, bom... Tu já ouviu aquele lance do coração de mãe, que sempre cabe mais um e bibibi? Foi mais ou menos assim... O Playmobil veio dividindo o meu colo e o colo do Dezã a viagem inteira. 150km de colinho. Foi o opróbrio, o opróbrio!

Quando o tiozinho do táxi viu o porta-malas lotado, e mais os quatro muambeiros que tinham que entrar no táxi dele quase teve uma síncope. Ele ficou nervoso mesmo. Chegou até a errar o caminho (mas acho que ele fez de propósito para ganhar uma graninha a mais do seguro). A cada buraco, sentíamos o... a... enfim, o final das costas batendo quase que no chão, de tão carregado que estava o carro. Se alguém se mexesse daria briga. Tranqüilo mesmo, só o BÓ, que foi na frente porque ele é alto e tem as pernas compridas. Eu, Dezã e Playmobil íamos espremidos no banco de trás, abraçadinhos um ao outro... mas tudo em sinal de amizade.

Depois de uma certa altura, o clima foi ficando mais ameno. O Dezã estava mais calmo com a Peugeot, já estava pensando na menina querida que atende na loja em Caxias onde ele levaria o carro para arrumar, o Playmobil já ia pedindo MSN pras gurias do pedágio. Tudo quase na normalidade. Só o tiozinho do táxi que continuava nervoso. Aliás, o tiozinho, o nome dele é Arlindo, no final das contas se revelou um sujeito bacana. Além de ser o único taxista ricaço que eu conheço. Mas até a metade da viagem ele estava nervoso. Ele ficou zangado com o tanto de coisa e de gente no carro dele, disse que quando é muita coisa o seguro tem que mandar dois carros e bibibi...

Na verdade, o seu Arlindo tem DOIS táxis, por isso ele tava reclamando. Talvez pensou que o pessoal da seguradora mandaria os dois carros dele para viajar, entende? Se deu mal, foi num só.

Aí aconteceu algo que nos deixou abismados...

O que será que aconteceu para deixar os intrépidos viajantes abismados? Não perca, no próximo capítulo da emocionante, intrigante, hospedante, delirante, açulante, coruscante, embasbacante, viajante, fiscalizante, inebriante e apertante história: A saga de Livramento – o retorno!

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