segunda-feira, 7 de junho de 2010

A saga de Livramento – Cap. I
Tem uma história da turma que é legal de contar...
Uma vez, isso já faz um tempinho, resolvemos nos aventurar pelas estradas gaúchas até Santana do Livramento, para fazer descaminho de algumas mercadorias de uso pessoal, como perfumes e talicoisa, e algumas bebidas tipo destilados, vinhos e quetais. Combinamos tudo assim: Vamos aproveitar o feriado de Caravaggio, e se bandiamo à La cria. Quatro e meia na casa de um, 5 horas na casa de outro e “se larguêmo”.
Assim fomos: BÓ, Dezã, Gustavo e este que vos escreve. Quatro marmanjos enfiados num Gol 1000 em busca de aventuras, se é que se pode ter aventuras desta forma. Claro, nem se compara a viagem do Dr. Livingstone à Tanzânia, em busca da foz do Rio Nilo, pedido este que lhe foi feito diretamente pela rainha Victória. Dizem que, inclusive, o Dr. Livingstone foi o primeiro branco a ser enterrado na Tanzânia. Ele não achou a foz do Rio Nilo, mas achou outra tão importante quanto: a do Rio Congo. Bom, mas isso é outro caso.
O B.Ó foi pilotando a nave, devagarinho por causa da cerração até uma altura do caminho, lá por Rio Pardo, e depois mais rapidinho quando chegamos num ponto da estrada onde as retas são tão retas, mas tão retas, mas tão retasretasretas, que cansa só de lembrar (não convém dizer quanto mais rapidinho que ainda é capaz de dar multa, mesmo depois de tanto tempo).
Saímos com um frio de renguear cusco, típico frio serrano em meados de maio. Cerração baixa, Chitãozinho e Xororó no rádio cantando “quando a gente ama, qualquer coisa serve para relembraaaaar...”. Após passarmos por Rio Pardo, vimos um acidente na estrada e tiramos nossas primeiras fotos do dia. Quer dizer, não vimos o acidente, vimos apenas o resultado do mesmo, mas as fotos sim foram as primeiras do dia. Após estas fotos, o Gustavo, que era o dono da máquina, resolveu que iria tirar fotos e mais fotos da viagem e bibibi. Mas o que ele fez após as primeiras fotos? Guardou a máquina na capa e escondeu prá ninguém mais ver. Que côsa. Aí acontecia alguma coisa legal, ou passávamos por algum lugar interessante e todo mundo:
- Gu, tira uma foto aí...
- A máquina? Cadê a máquina???
- Não sei... tá guardada.
Baita fotógrafo. Sem contar que ele foi o caminho inteiro dizendo que queria comprar uma pele de jaguatirica. Nunca vi uma pele de jaguatirica, mas deve ser legal, pelo tanto que ele falou. O fato é que além de não vermos a tal pele de jaguatirica, ainda perdemos um monte de fotos legais, porque a dita cuja da máquina estava guardada.
Sem contar que, além da pele de jaguatirica não vista, um dos outros três viajantes (não vou contar quem foi, só posso dizer que não fui eu!), conseguiu, ou melhor, não é que conseguiu, aconteceu de, bem, aconteceu que ele ficou com assadura nas nádegas. Pronto, contei.

O que será que aconteceu com as nádegas de nosso intrépido viajante? Não perca o próximo capítulo da estrepitante, alucinante, embasbacante história: A saga de Livramento.

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