terça-feira, 18 de setembro de 2018

Eleições e Redes Sociais


As eleições estão chegando e o que se vê não é nada agradável. As redes sociais estão cheias de opiniões para todos os lados. Opiniões que não se sabe ao certo de quem, pois são compartilhamentos de alguém que disse, que viu, que filmou, que fotografou, que, enfim, fez aquilo chegar até nós.
Algumas poucas postagens carregam algum conteúdo aproveitável, enquanto a maioria são agressivas, cheias de ódio e de crença que a única via correta é aquela de quem postou, sendo as demais reprovadas com veemência, criticadas, descartadas.
A cada nova eleição as redes sociais assumem papel mais importante. As mudanças na legislação que estabelece o horário eleitoral no rádio e na TV fizeram a tradicional propaganda minguar, cedendo espaço para os novos meios de interação social.
Particularmente optei em não me manifestar; se o fizesse, faria através de uma opinião própria, escrevendo ou falando sobre o meu posicionamento. Mas definitivamente, isso não vale a pena, pois se fosse fazê-lo, certo ou errado, estaria eu sendo original, autêntico. E quem se importa com autenticidade ou originalidade?!
A era é do compartilhamento e não do pensamento, da reflexão, da produção própria de conteúdo. Pensar, refletir, produzir, dá trabalho. Compartilhar, não. Então, compartilha-se tudo aquilo que está mais ou menos afinado com o que defendemos, mas não refletimos sobre o que estamos compartilhando para avaliar se realmente estamos dispostos àquela exposição, se realmente estamos acometidos de todo aquele ódio, de toda aquela crença do que estamos compartilhando. Simplesmente compartilhamos porque aquilo está pronto.
E o fenômeno que decorre desse comportamento meramente reprodutor de algo feito sabe-se lá onde, por quem e em que circunstâncias, é a revelação de personalidades totalmente diferentes das que conhecemos na vida real.

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