Mas que nada, Tiarajú. Estávamos tranqüilos, pois ainda no muquifo, digo, hotel, planejamos a nossa volta contando com esta intempérie.
Parei o carro e a moça fiscal já saiu mandando ver:
- Abra o porta-malas e separem as notas fiscais de compra...
Que sem coração! Abrir o porta-malas significava o risco de cair toda a muambagem para fora. E isso depois de todo o esforço para guardar tudo direitinho. Mas, que se há de fazer, é a lei, e todos nós componentes do blog respeitamos a lei, senão de todo, ao menos em parte.
- Pois não, cá está!
- Tirem tudo e coloquem no chão.
Tirar tudo? Tirar tudo? Só pode ser brincadeira. Tirar tudo? A senhora sabe quanto tempo levamos para organizar este porta-malas, sua desalmada. Pensei em falar para ela tudo isso, mas me contive por amor a vida. Era óbvio que ela estava a nos fazer uma tropelia, mas naquele momento ela representava a lei, e isso era indiscutível. Tiramos tudo e colocamos no chão.
- Rapazinho – disse ela ao Playmobil – o que você vai fazer com o redondo?
- Como assim? Porque a senhora está me perguntando sobre intimidades?
- Que intimidades o que? Quero saber é o que você vai fazer com este queijo.
- Ah! Ufa... Bom, o queijo é para consumo...
- Tudo bem. Deixa ele em cima do banco. E as notas?
- Eu tenho esta aqui, do perfume que tu achou.
Cara, o piá disse isso... do perfume que tu ACHOU. Isso quer dizer que poderia ter outros, que ela não tinha achado, manja? Tem horas que é melhor ficar quieto.
Mas buenas, vistoria daqui, olha nota de lá, suores frios escorrendo pelo rosto, e no fim tudo certo.
- Podem guardar tudo! E boa viagem.
Podem guardar tudo? Podem guardar tudo? Como se fosse a coisa mais simples do mundo guardar aquela muambagem de volta no porta-malas. Ficamos mais uns 15 minutos tentando arrumar a parada. Maldita! Sem coração!
Mas tudo que é bom dura pouco, cumpriu-se o velho ditado... eu que dançava embalado nos braços doces da china... opas, isso é Jayme Caetano Braun... bacana, mas não é a hora!
Tudo que é bom dura pouco. Paramos para um rápido lanche, abastecer o possante e trocar de motora. Reiniciamos a nossa jornada e aí, tchrãmmmmmmmm!!!!!
O que aconteceu?
Não perca no próximo capítulo da emocionante, intrigante, hospedante, delirante, açulante, coruscante, embasbacante, viajante e fiscalizante história: A saga de Livramento – o retorno!
Nenhum comentário:
Postar um comentário