quarta-feira, 31 de outubro de 2018

A bola pune


A direção e parte dos torcedores do Grêmio estão inconformados com a derrota frente ao River Plate na noite de ontem pelas semifinais da Libertadores e agora há a sinalização de ingresso com recurso junto a CONMEBOL, com objetivo de reverter o resultado de campo.
Particularmente, na condição de torcedor gremista, entendo que tal atitude não está a altura da história e das glórias do Grêmio.
É claro que em tempos que assistimos a justiça triunfar sobre os infratores das regras, testemunhar um ato de “malandragem” do treinador do River ao utilizar o rádio para se comunicar com o banco de reservas e no intervalo usar um disfarce para dirigir-se ao vestiário afim de dar orientação aos seu jogadores, de certa forma nos deixa um tanto decepcionados por perceber que, mesmo com a evolução da humanidade em termos de atitudes éticas, ainda ocorrem atitudes com a finalidade de obter vantagem indevida.
Por outro lado, a um dito popular que diz: “o cano não enferruja da noite para o dia”. É evidente que na temporada de 2018 o rendimento do time do Grêmio não é o mesmo de 2016 e 2017, quando provavelmente fatores extracampo, tão comuns ao futebol seriam superados pela qualidade do time. A verdade é que o Grêmio vem jogando mal, não é de hoje e nada de concreto foi feito para retomar a velha forma que nos trouxe alegrias no passado recente.
Portanto, valer-se de fatores ocorridos fora das quatro linhas para reverter uma situação criada dentro delas, me parece inadequado.
Que haja uma punição severa ao River que sirva de modelo para inibir novos acontecimentos. Se for a perda da vaga ou do título, que assim seja, mas que isso não seja convertido em prêmio para o perdedor, porque afinal de contas, ele perdeu.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Eleições: passado, presente e futuro



Encerramos uma manifestação da democracia no Brasil com o término do pleito eleitoral que levou Jair Bolsonaro à Presidência da República.
  • O passado ficou para trás no calendário, mas continua sendo analisado para a compreensão do presente e projeção do futuro.
  • O presente é de euforia em uma “certeza” de dias melhores, que há muito não se via na nação.
  • O futuro, bom, o futuro já não é mais como era antigamente. E é ele que nos interessa.

Pelo meu voto o futuro não ficaria nas mãos de nenhum dos dois candidatos finalistas. Mas agora está nas mãos do eleito e é por ele que devemos torcer.
O resultado das urnas deve ser respeitado por vencedores e vencidos.
Quem ganhou deve respeitar o resultado cumprindo o que prometeu, governando para o bem comum, portanto, também para quem escolheu outra opção.
Quem perdeu deve entender que o vencedor é legítimo, precisa governar e isso implica em colaboração, sem deixar de fazer a necessária oposição.
Respeitar o resultado das urnas significa saber ganhar e saber perder. E principalmente saber porque ganhou ou perdeu.
Na eleição passada o perdedor não soube perder e o ganhador não soube ganhar. 
O perdedor questionou o resultado, tropeçou nas próprias pernas e seu resultado foi desastroso. 
O ganhador não honrou os votos que recebeu e o que se vê é um fim de mandato – ou o que sobrou dele – dos mais melancólicos da história.
Enfim, estamos diante de uma oportunidade de fazer dar certo e cada um de nós pode dar sua contribuição, independente de cores partidárias, de preferências pessoais, da esquerda, da direita de Bolsonaro ou de Haddad.



terça-feira, 23 de outubro de 2018

Eleições X Opções II


Chegou a hora do segundo turno, aquele que definirá o próximo Presidente de Republica.
Retomo o assunto sem sequer trocar o título do post porque opções que tínhamos no primeiro turno são as mesmas do segundo, apenas necessitando de uma homologação prevista na lei.
Jamais pregaria o voto branco ou  nulo, pois votar, ainda que num país em que o voto é obrigatório, trata-se de um ato de cidadania, portanto, entendo que deve ser exercido na sua plenitude e isso implica em fazer uma escolha entre as opções possíveis.
Votar, num ou noutro candidato à presidência, entretanto, não será mero ato de cidadania, mas sim um esforço hercúleo contra uma ponta de vontade de anular o voto.
Votarei. Votarei sem convicção, num candidato que não gostaria de ver eleito. E isso vale para os dois concorrentes.
Vote você também, mas o faça de acordo com a sua consciência, não com a consciência das redes sociais, pois nelas há mais paixões perigosas do que a tão necessária razão que o momento requer.
Aliás, se alguém lesse esse texto, sugeriria que procurem ler os blogs e sites independentes que publiquem textos produzidos com alguma medida de razão e originalidade, ao invés de passar horas do seu dia curvando o pescoço nas redes sociais vendo o mero compartilhamentos de repetidas bobagens.
Bom voto a todos e que vença quem vencer.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Eleições X Opções


No próximo domingo o povo brasileiro vai às urnas para votar na eleição mais importante das últimas três décadas.
Em 1989 passamos por um momento parecido, quando tivemos a primeira eleição direta para Presidente da República, depois da redemocratização do Brasil.
Lamentavelmente, nesse período 30 anos que data do apagar das luzes da década de 80 até o momento atual, pouco mudou. E o que temos de novo, é pior do que era antes.
Se lá em 1989 pelo menos alimentávamos esperanças com a possibilidade de eleger o “caçador de marajás” ou o “operário” que ajudaria os pobres, hoje em dia estamos divididos entre a ameaça de retorno do regime militar e o plano orquestrado por um presidiário.
Não bastasse isso já ser trágico, no meio desses extremos, o que temos não dá nem pra dizer que o povo poderia escolher coisa melhor do que apontam as pesquisas: ora um candidato que promete tirar as pessoas do SPC, ora o que reprova a volta da CPMF, criada pelo seu próprio partido quando esteve no poder.
Não vou nem falar nos candidatos periféricos das pesquisas de intenção de voto, que vão desde milionários banqueiros, até aos que prometem estatizar as empresas privadas. Tem também um que passa o tempo todo gritando “glória Deus!!”
O cenário, portanto, caros leitores, é deprimente, assustador, de incertezas sobre o futuro e da certeza que o presente não aponta nada de promissor no horizonte.


..Assuntos (clique num assunto abaixo para filtrar os artigos):