quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Fronteira Oeste lá vamos nós (Histórias de vida)

Certa feita precisei fazer uma audiência em Santana do Livramento. Nunca tinha ido, portanto, havia curiosidade sobre como era a tal fronteira, mal sabia eu, que era só atravessar uma rua e as coisas continuavam praticamente iguais, afinal, com o Mercosul e a proximidade entre o Brasil e o Uruguai, parece uma coisa só, tem gente falando em português e em espanhol dos dois lados da rua.



Fui logo entrando com o carro contendo os adesivos da empresa, circulei por Rivera e como não havia consultado ninguém sobre como e onde fazer as compras, fui entrando aqui e ali. Não deu outra, acabei comprando nos mesmos lugares que compro até hoje, por um simples motivo: não há outras opções.

Fato curioso foi quando estava saindo da cidade e um Oficial da fronteira perguntou-me o que eu fazia por lá com aquele carro, pois lhe chamou à atenção o adesivo de uma empresa conhecida na porta. Então respondi a ele que estava lá pra comprar, pois tinha conhecimento que tudo é mais barato.

– E é mais barato mesmo, e está com sorte porque hoje não estão fiscalizando lá na BR 158. – disse-me em bom portunhol o Oficial uruguaio cheio de orgulho.

Saí dali confiante que nada mais ocorreria comigo no caminho de volta, pois acabara de conversar com um profissional da Aduana e a informação que me deu era preciosa e sem interesse em pedir documentos ou revistar o carro. Ainda bem, ele teria ficado bêbado só de abrir o porta-malas abarrotado vinho, whisky e assemelhados. E com várias cotas de descaminho. Menos mal que estava saído, o homem era uruguaio.

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