sábado, 20 de novembro de 2010

GPS: não sei não

Recentemente adquiri um GPS. É, um desses navegadores que prometem maravilhas e vem com a promessa que a gente nunca mais ira perder-se em lugares desconhecidos, que todos os caminhos serão encontrados e todos os destinos programados se descerrarão à nossa frente desde que sigamos as instruções do aparelho espetacular.


Não é bem assim. Primeiro que é uma tecnologia muito além do necessário, é como acontece com o telefone celular que tem tantas funções que serve até de telefone.


O GPS é bem assim cheio de firulas, de recursos para isso, aquilo e aquele outro, são tantos recursos que serve inclusive de navegador, só que para isso existem detalhes, como por exemplo a famigerada atualização que deve receber o aparelho periodicamente.

Então lá estava eu em POA num dia chuvoso, trânsito intenso, mais maluco do que nunca. Mas eu estava com o meu GPS, então nada poderia deter-me.

Ledo engano, programei para que me levasse a um determinado endereço, aliás um endereço que eu praticamente sabia chegar, mas já que não tinha certeza e dispunha de um GPS, logicamente que optei em usar o fantástico aparelho. Programei o endereço e fui seguindo as orientações.

No início logo notei que havia coisa errada, pois se fosse pelos meus conhecimentos não faria o trajeto indicado, mas tudo bem, quem sou eu pra discutir com aquela máquina maravilhosa. Lá fui eu. Dobra aqui, entra ali, faz o retorno lá... descobri que ele era muito melhor que eu, pois faria com que chegasse em um lugar fazendo o triplo de manobras que eu faria sem o GPS. Conclusão: a máquina é mesmo inteligente, pois consegue ir ao destino mesmo por um caminho mais difícil.

Ledo engano, pois quando a voz aveludada rompeu o silencio anunciando a minha chegada ao destino, lá estava eu em cima de um viaduto com trânsito intenso, muita chuva e sem a mínima chance de estacionar. Ou seja, talvez eu estivesse no destino, mas era só isso.

Tá bom, cheguei, e agora? Onde paro? Onde estaciono? Cheguei mas não cheguei porque não podia parar, então segui em frente até que estava totalmente perdido.

Sei que pode ser tudo uma questão de acostumar com o aparelho. Também sei que sou um analfabeto em termos tecnológicos, mas convenhamos, um bem que é vendido por um valor expressivo com promessas de maravilhas poderia ser mais amigável, mais eficiente, mais fácil.

Não sugiro, nem desaconselho que compre um GPS, apenas pondero que pense bem se estarás disposto a domá-lo, pois o meu está jogado dentro do carro, sem bateria e sem uso, sem serventia.

2 comentários:

Kaká Finimundi disse...

poisé Dezã, acho que também ainda não estou apto a domar um GPS, talvez porque ainda desfruto da boa sensação deixar o destino me levar..

Filipe Zambon disse...

Tche!
meu celular tem gps e o bichinho é bo mesmo, semana passada mesmo estava em Porto Alegre e por diabos não achava a Rua Vitor Valpirio no bairro Humaitá. Parei o carro, digitei a rua e segui as instruções daquela vozinha... e quando ouvi "Você chegou a seu destino" abri um sorrisão! Lá estava a Rua Vitor Valpírio.

Mas também tem aquele problema, de que o gps não sabe se tal rua passará no meio de uma favela barra pesada, etc, então o negócio é usar mas com moderação.

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