As firmas e suas reuniões

Existem empresas que fazem reuniões o tempo todo. É reunião do orçamento, reunião do planejamento estratégico, reunião com o fornecedor, reunião pra definir as regras do cafezinho, reunião pra ver quem rega as plantas, reunião pra simplesmente marcar outra reunião e mais uma infinidade de reuniões com as mais variadas pautas. A meu ver essas reuniões são verdadeiras ervas daninhas para quase todo o conjunto empresarial: proprietário, acionista, clientes internos e externos, colaboradores.


Mas seguem as reuniões. São diárias, ocorrem no turno da manhã, no turno da tarde, fora do turno, de hora em hora, a toda hora.


Será que há tanta desunião nessas empresas? Deve haver, porque o termo “RE-união” pressupõe, salvo melhor juízo, que algo está desunido, precisando ser “RE-unido”.

Mas sinceramente espero que as coisas não estejam assim nas empresas que fazem tantas reuniões. Espero e torço que elas não estejam tão desunidas a ponto de precisarem “RE-unir” a todo instante.

E a minha preocupação tem sua razão de ser, porque se uma empresa faz tantas “RE-uniões”, talvez haja algo de errado com quem convoca esses encontros doentios. E mais grave que isso é saber que quem pode convocar é porque tem poder, logo de concluir-se que o problema está em quem se encontra no poder. Ou imagina-se detentor dele.

Urge que as empresas repensem seus modelos e passem a emprestar maior importância a ações que de fato agregam resultado. Esqueçam, acabem com as sucessivas, intermináveis e inúteis reuniões.

Urge que os gestores abominem as reuniões das suas agendas e ocupem seu tempo fazendo algo de concreto. Ou as empresas se tornarão só concreto.