A dor de não poder fazer nada por alguém
que tu ama é pior que a dor física.
Entendi isso na última sexta-feira.
Minha filhote teve que fazer um
procedimento, teoricamente simples, mas era preciso fazer no hospital e com
anestesia geral. Tudo tranquilo e sem maiores dissabores. Correu tudo bem, e
ainda na sexta-feira mesmo ela já estava em casa tentando plantar bananeira.
Crianças!!!!
Mas antes disso, entre a chegada ao
hospital e a saída para casa, confesso, me deu uma baita aflição.
Já tive momentos tensos, eu mesmo, com essa
coisa de hospital, cirurgias e afins. A última, como vocês sabem, foi no
acidente de carro que tive. Mas em nenhuma delas fiquei aflito, porque a coisa
era comigo, manja???? Eu sentia a dor e então sabia o que tinha que fazer para
passar essa dor, seja com remédios, seja com outra coisa qualquer. Mas quando
minha filha entrou no bloco cirúrgico e eu tive que ficar do lado de fora,
esperando infinitamente durante quatro horas até ela sair da recuperação, isso
me deixou aflito como nunca estive. Tive medo por mim e por ela, por mais
simples que fosse o procedimento e por melhor que fosse a explicação médica que
nos foi dada.
Eu sou muito medroso da dor física, mas se
fosse possível gostaria que as dores da minha filha fossem minhas e não dela.
Que as febres, as gripes, resfriados, otites ou amigdalites sejam minhas, e que
ela tenha apenas que brincar, sorrir e ser feliz.
Tenho medo da dor física, mas tenho muito
mais medo que minha filha tenha dor.
Acho que é isso que se chama de amor.
Um comentário:
Com certeza isso é amor, daqueles verdadeiros.
Amor de pai e filho.
Parabéns Paulo.
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