Dolus, aprendiz de feiticeiro
do Titan Prometheus, aproveitou-se d’uma escapadela de seu coach e resolveu
copiar uma de suas obras. Dito isto, aproveito para informar que acabei de usar
um apóstrofo. Fecha parêntese!
Prometheus estava à criar
Veritas, que era ninguém mais ninguém menos do que a Daemon da verdade e que
regeria o comportamento dos homens, quando teve que ausentar-se de sua oficina para
assuntos mundanos (talvez uma bebida com os amigos) deixando sua obra prima aos
cuidados de seu aprendiz.
Dolus, muito do salafrário, resolveu
copiar a obra de arte de seu mestre criando uma cópia idêntica de Veritas.
Porém, para desconsolo de Dolus, faltou-lhe argila quando estava justamente terminando
os pés de sua obra, gentilmente chamada de Mendacium, ou “A Mentira”.
Eis que no átimo de tempo
necessário para buscar mais argila e regressar, Prometheus voltou da rua e
achou interessante ter duas obras semelhantes, colocando as duas no forno para
secar. Após terminar o processo da queima, Prometheus deu às duas o sopro da
vida. Veritas, a verdade, então saiu caminhando graciosamente, enquanto
Mendacium, a mentira, caminhava manquitolando por não ter os pés. Acho que foi
daí que surgiu a história da mentira (Mendacium) ter perna curta.
As chamadas
FakeNews (Fâique nius são notícias falsas, se tu não entende de inglês).
É deprimente como o ser
humano é capaz de repassar histórias sem nenhum tipo de fundamente, sem ao
menos conferir a veracidade dos fatos. Como diria o Lazi, nosso companheiro de
blog, bastaria “dar um Google” para saber que a notícia é falsa. Ainda assim,
as pessoas repassam e repassam links, páginas da web, falsas reportagens, como
se fosse a verdade universal. É triste ver pessoas inteligentes não se darem
sequer ao trabalho de pensar sobre aquilo que estão lendo e saírem disseminando
o ódio dos outros.
Seja na política, no futebol ou
nas artes, deveríamos ao menos nos dar o trabalho de interpretar aquilo que
estamos lendo, mas interpretação de texto parece em falta no mercado.
Isso explica muito o mundo
intolerante que vivemos.
Mas vem aí um novo ano...
quem sabe nos tornemos mais interpretativos do que reativos...
Quem sabe!