Quero falar de Política, para não dizer Politicalha, já que
esta sim tem imperado no país. Noto um arrefecimento no cenário político dos
últimos dias. Passada a votação da denúncia contra o Presidente, cujo resultado
já era esperado, ao que parece estamos vivendo o começo de um final, ainda que
um final provisório, uma pausa, uma trégua.
As notícias de Porto Alegre, de Curitiba, de Brasília, do
Brasil, em geral nos trazem mais do mesmo: julgamentos pendentes, delações,
acusações, negações e agora a (não) delação do Eduardo Cunha. Diz ele que não
vai delatar.
Vou ficar com essa última. Bom, considerando se tratar do
Eduardo Cunha e do fato que as delações andam de baixo para cima, ou seja, os
criminosos menores têm suas penas reduzidas em troca de informações para condenar
criminosos maiores, fico aqui pensando se ele teria muito, ou pouco a delatar
já que se trata de um “bandido TOP”, portanto, ocupando cadeira entre os
maiores.
Teria o ex deputado algo tão bombástico a delatar que não
acabasse recaindo em mais e mais evidências sobre sua conduta delituosa?
E se a sua delação implicar na revelação de crimes dele
próprio ainda desconhecidos?
Não esqueçamos, nem por um segundo, que estamos falando de
um bandido da mais alta patente, por isso, tudo o que nossa “vã filosofia”
possa imaginar será apenas suposições. Certamente outras dezenas de hipóteses
podem ser ventiladas para explicar a (não) delação de Cunha.
E com toda certeza, nenhuma delas é porque ele se arrependeu
pelo que fez e pretende cumprir integralmente sua pena para voltar ao convívio
social recuperado.
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