Talvez
ela conheça o João Bafo-de-Onça, por que ela assiste o Disney “Equis Dí”. Mas
ela não conhece a Maga Patalógica e nem a Madame Min. De bruxas, acho que só a
feiticeira de Waverly Place, que aliás, é bem bonitinha. Eu conheci o Mancha
Negra e o Ranulfo nos gibis da minha tia, aliás, aprendi a ler nos gibis dela.
Era massa! Mas não se vê mais histórias do Tio Patinhas, agora é só Turma da
Mônica Jovem. Gibis eram um dos melhores presentes que alguém poderia me dar
quando eu era criança. Mas haviam outros brinquedos, que também eram
bacanas.
Por exemplo, ganhei dos meus pais um Falcon, o boneco do “Comandos em
Ação”. O Falcon paraquedista, manja??? Uma
vez, eu e o Gordo, meu primo, subimos em cima do telhado da minha casa para
atirar o Falcon de Paraquedas. Foi tri, mas ele meio que se esborrachou no chão
e não abriu o paraquedas. Só que o Falcon resistiu bravamente. Para os mais
novos (mas nem tanto), o Falcon era tipo o Ken da Barbie, só que era machão,
caudilho mesmo. Roupa de Fuzileiro e bibibi. O Ken já é mais mulherzinha,
metrossexual! E burro, porque com um monte de Barbie que existe, ele sempre
pega a mesma... mas veja, estou tergiversando.
E
o Forte-Apache??? Cara, o Forte-Apache era massa também. Índios e cowboys e o
exército do General Custer. Nesta época do Forte-Apache eu curtia as
revistinhas do Tex Willer (curtia de verdade,
do verbo gostar, não que nem no Face). Tex Willer e seu fiel amigo Kit Carson,
os Rangers mais temidos de todo o velho oeste. Nem Mefisto podia com eles, e
olha que o Mefisto era diabólico, do tipo vilão mesmo. Eu gostava deveras de
brincar no Forte-Apache, fazendo de conta que eu era o Tex Willer.
E
tinha o Autorama. O do Fittipaldi. Loucura total, mén, loucura total!!!! Pista
em formato de 8, com o carrinho vermelho da Ferrari e a Coopersucar do
Fittipaldi, amarelinha, amarelinha. Lembro que no primeiro dia em que montaram
o autorama lá em casa, meu pai e meus tios brincaram mais do que os guris, e
quando fomos brincar já era hora de dormir. Mó tristeza!! Mas lembro até hoje
da emoção de pilotar aqueles carrinhos. Quando fui morar em Porto Alegre
descobri que tinha uma pista num shopping, acho que
era no João Pessoa, em frente ao Julinho, com vários carrinhos de
autorama. Eu gostava de ir lá para relembrar minha infância.
Tive
outros brinquedos bacanas. Vários carrinhos de ferro, de plástico, de tudo que
é tipo. O Luis, meu primo, fazia tuning com os carrinhos, cortava janelas,
trocava as rodas. Era o bicho. Uma vez o Luis
enterrou os carrinhos dele (uns 200 eu acho) no jardim da casa da tia.
Nunca mais achou...
E
bolita??? Lá nas Missões (não que eu queira me
exibir, mas eu sou das Missões) a gente jogava bolita, nada de bolinha
de gude... Cada um tinha a sua “joga” e o balim, que era normalmente uma esfera
de ferro que tirávamos de rolamentos usados. A maioria dos meus amigos jogava
no estilo, como direi, “ânus de galinha”. Eu jogava no estilo castelhano, que
tu bota a bolita em cima do dedo “pai de todos” (aquele do fod@-$#) e segura
com o mata-piolho prá dar o nhaque. Aliás, modéstia a parte, tinha boa pontaria
no nhaque e cheguei a quebrar algumas bolitas em algumas oportunidades, o que deixava
meus amigos um tanto contrariados. Ruim mesmo era quando tinha “limpa” dos mais
velhos nas nossas bolitas. Quando íamos jogar “às deva”, normalmente levávamos
as bolitas mais velhas, justamente para não perder muito quando faziam
limpa. Era ruim, muito ruim mesmo tu perder as bolitas no joguinho quando dava
limpa. Uma vez deu briga e batemos nuns guris mais velhos. Ficamos umas três
semanas sem sermos surrupiados. Depois voltou tudo de novo...
Mas
quem nunca, hein ô Batista!!!!!!!
Construíamos
verdadeiras obras primas do automobilismo rolamentístico, com banco de couro,
freio à borracha e espoiler!!!! Noutro dia vi uns guris andando de carrinho de
rolamento (ou rolimã, como queira) na descida que vai prá minha casa, em
Farroupilha. Os guris subiam a lomba e desciam a toda, freando com o chinelo e
bibibi. Bacana mesmo...
Voltei
um pouco a minha infância dias atrás, quando minha filha me pediu para ir com
ela comprar figurinhas pro álbum do Carrosel, e comprar o álbum novo e as
figurinhas das Chiquititas. Tínhamos isso na infância, álbuns de figurinhas,
que tu enchia de cola e colava as páginas todas. Hoje
as figurinhas são autocolantes, o que é muito engenhoso, diga-se de passagem.
Ao menos as crianças, e os pais, não se lambuzam com cola.
Só
foi meio estranho convencer os amigos que me viram trocando figurinhas na
livraria de que eu estava comprando prá Júlia.
Mas o mais importante é que vi
novamente uma brincadeira que não precise de tablete, notebook ou celular,
tampouco Facebook. E foi muito divertido acompanhar minha filha e brincar um
pouco com ela.
Talvez
no próximo sábado eu vá comprar figurinhas novas,
again!!!!
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