sexta-feira, 5 de março de 2010

Lagartixas do rock

Uma das bandas de rock brasileiras que mais tenho apreço é o Titãs. Se não me engano inclusive foi um dos primeiros discos de vinil que comprei ainda infante (disco de vinil, long-play, bolachão). Cabeça Dinossauro foi o dito cujo. Um Clássico. Até hoje gosto de cantar “Garrastazu, Stalin, Erasmo Dias, Franco, Lindomar Castilho” e bibibí e bababá.
De repente, o desengonçado mas excelente letrista Arnaldo Antunes resolve sair da banda. Achei que já era... Deu pros cocos. Acabou-se o Titãs. Inclusive vi um dos primeiros shows da banda sem o Arnaldo, com o Branco Mello, digamos que um pouco alterado, desancando o desertor em pleno palco. Foi de chorar, inclusive o show que foi um dos piores que eu já vi. Mas eles seguiram em frente.
Em 2001, Marcelo Fromer faleceu em virtude de um acidente de trânsito (foi atropelado enquanto fazia seu cooper em São Paulo). Mó zica... Mas eles seguiram, a banda foi em frente.
Então o Ruivo José Fernando resolveu alçar vôos maiores e encarar uma carreira solo, aliás de muito sucesso, acompanhado de uma banda fenomenal que não poderia ter nome mais propício do que “Infernais”, eles são realmente infernais. Pensei cá com meus botões “agora se foi o gato com as tripas”. Mas não, continuaram e continuaram.
Agora os Titãs perderam mais um integrante, Charles Gavin (faça um bico e diga Charls Gavan), que alegou motivos pessoais para sair da banda. Para quem não sabe, Charles era o baterista, um dos homens da cozinha.
Mesmo assim, já ouvi dizer que a banda continua, o que acho deveras supimpa. Gosto dos Titãs. Gosto da sonoridade da banda, mesmo que não aprecie toda a sua discografia. Mas principalmente, gosto da força que eles demonstram quando têm uma perda e seguem em frente. O Tony Bellotto inclusive os comparou a uma lagartixa, que quando perde um membro se regenera e volta mais forte. Achei legal a comparação.

Boa, que sigam em frente.

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