terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Tempos difíceis! Veritas ou Mendacium?

Dolus, aprendiz de feiticeiro do Titan Prometheus, aproveitou-se d’uma escapadela de seu coach e resolveu copiar uma de suas obras. Dito isto, aproveito para informar que acabei de usar um apóstrofo. Fecha parêntese!
Prometheus estava à criar Veritas, que era ninguém mais ninguém menos do que a Daemon da verdade e que regeria o comportamento dos homens, quando teve que ausentar-se de sua oficina para assuntos mundanos (talvez uma bebida com os amigos) deixando sua obra prima aos cuidados de seu aprendiz.
Dolus, muito do salafrário, resolveu copiar a obra de arte de seu mestre criando uma cópia idêntica de Veritas. Porém, para desconsolo de Dolus, faltou-lhe argila quando estava justamente terminando os pés de sua obra, gentilmente chamada de Mendacium, ou “A Mentira”.
Eis que no átimo de tempo necessário para buscar mais argila e regressar, Prometheus voltou da rua e achou interessante ter duas obras semelhantes, colocando as duas no forno para secar. Após terminar o processo da queima, Prometheus deu às duas o sopro da vida. Veritas, a verdade, então saiu caminhando graciosamente, enquanto Mendacium, a mentira, caminhava manquitolando por não ter os pés. Acho que foi daí que surgiu a história da mentira (Mendacium) ter perna curta.
Resultado de imagem para verdades e mentirasPensei na história das irmãs Veritas e Mendacium lendo alguns artigos nas redes sociais. 
As chamadas FakeNews (Fâique nius são notícias falsas, se tu não entende de inglês).
É deprimente como o ser humano é capaz de repassar histórias sem nenhum tipo de fundamente, sem ao menos conferir a veracidade dos fatos. Como diria o Lazi, nosso companheiro de blog, bastaria “dar um Google” para saber que a notícia é falsa. Ainda assim, as pessoas repassam e repassam links, páginas da web, falsas reportagens, como se fosse a verdade universal. É triste ver pessoas inteligentes não se darem sequer ao trabalho de pensar sobre aquilo que estão lendo e saírem disseminando o ódio dos outros.
Seja na política, no futebol ou nas artes, deveríamos ao menos nos dar o trabalho de interpretar aquilo que estamos lendo, mas interpretação de texto parece em falta no mercado.
Isso explica muito o mundo intolerante que vivemos.
Mas vem aí um novo ano... quem sabe nos tornemos mais interpretativos do que reativos...

Quem sabe!

Nenhum comentário:

..Assuntos (clique num assunto abaixo para filtrar os artigos):