Conta-se amiúde que a bela Sêmele teve um caso com ninguém menos do que Júpiter, o todo-poderoso. Só que não contente em conhecê-lo no sentido bíblico, caiu ela no conto do vigário sussurrado por Juno, então oficialmente esposa de Júpiter, para que este lhe desse uma prova de que realmente ERA o todo-poderoso. Começa aí a história das mulheres não acreditarem no que nós, homens, falamos.
Que aconteceu? Não foi Sêmele questionar Júpiter realmente? Óbvio que sim.
Disse ela:
- Jupiterzinho, Jupiterzinho... estás a vir todas as noites se refestelar em minhas carnes tenras e rijas, dizendo-me que és o todo-poderoso e bibibi, e até agora nada de me falar de suas intenções. Como saberei ao certo que tu és tu?
- Querida Sêmele, não torra... Se eu mostrar que realmente sou Júpiter, tu já era filha... tu vai morrer seca com os raios incandescentes provocados por minha forma real. Deixa como está que está bom...
- Nananina Jupiterzinho... mostre-me quem tu és ou não te mostro mais nada.
Ah! Mulheres. Porque não nos escutam da primeira vez. Custa?
Deu-se então que Júpiter começou a transformar-se de forma humana para sua forma todo-poderosa. Que aconteceu? Claro, a bela Sêmele ficou só o pó. Mas dantes, viu Júpiter que ela carregava em seu ventre um pequeno ser, que ainda vivo foi colocado por Júpiter em sua própria coxa, como se útero ela fosse (a coxa). Que ironia, visto que o primeiro filho de Júpiter com Juno era Vulcano, que era coxo, além de ser feio que só, mas isso é outra história.
Mas eis que a doce criatura gerada na coxa de Júpiter nasceu, e chamada foi de... BACO... Isso mesmo, o filhote de Júpiter e da descrente Sêmele tornar-se ia senhor das vinhas, e, por conseguinte, dos vinhos.
Aí eu pergunto, custava ela ter ficado quieta no canto dela, se repoltreando com o todo-poderoso sem essa de querer discutir a relação? Ainda perdeu de tomar um vinhozinho com Júpiter.
Não dá para entender as mulheres. E depois, ainda reclamam se a gente bebe um pouco de vinho para relaxar...
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