Sabe, tinha um ditado que eu sempre ouvia quando era pequeno (óquei beibe, quando eu era mais novo, que pequeno ainda sou):- Quem procura, acha!
Isso atormentava minha pequena cabeça infante, porque às vezes eu procurava e não achava, manja? Pindarolas! Pindarolas triplas!!!
Se eu procurasse dinheiro, certo que não achava. Se procurasse gibis do Fantasma ou do Tex Willer, nécas de pitibiriba. E se procurasse a companhia de belas fêmeas para manter intercursos libidinosos então? Nananina. Era um tempo espartano quanto se tratava de manter intercursos libidinosos. O máximo que se conseguia era um beijinho aqui e outro acolá (não que o acolá fosse um acolá no corpo da bela fêmea, não senhor!). Mas bem, o que importa é nunca entendi muito bem esse lance do “quem procura, acha”.
Até que fiquei um pouco mais velho. Comecei a entender um pouco do que se tratava esse negócio de procurar e achar.
Quando a gente sabe o que procura, a gente realmente encontra. Eu encontrei uma bela mulher, uma filha maravilhosa, uma família linda. Eu sabia o que procurar.
Agora vejo esse negócio da Amy Winehouse, da morte dela, da tal “maldição dos 27 anos”, da excelente cantora e compositora que morreu prematuramente. Das centenas de programas falando dela, da carreira, da ascensão e declínio e bibibi. E, pasmem!, da comparação que se tem feito entre ela e outras personalidades que morreram aos 27 anos, como Kurt Cobain, Janis Joplin, Jimmy Hendrix ou mesmo Jim Morrisom.
Particularmente, acho um absurdo sem tamanho compará-la a esses mitos, essas lendas. Primeiro porque acho que ela não conseguiu mudar nenhuma parcela de uma geração, quando mais uma geração inteira, então morrer aos 27 anos ou aos 30, seria quase a mesma coisa. Sem entrar no mérito da sua competência musical.
Agora, sinceramente, analisando a carreira musical dela e a trajetória de vida, me volta à cena o velho ditado que eu ouvia quando era mais novo:
- Quem procura, acha!
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