domingo, 1 de maio de 2011

Sarney e seu plebiscito!

Quando eu era pequeno (ou mais novo), várias vezes saí com meu pai e meu irmão para pescar e caçar. E em todas as vezes que fomos caçar, meu pai sempre ficava tomando conta das armas, e só nos dava para atirar de vez em quando. Era tri. Mandávamos uns balaços sem direção, outros com direção, e outros certeiros. Claro, os certeiros eram muito, mas muito raros. A não ser com espingardinha de pressão. Nesse caso, eu e meu irmão João éramos meio craques na parada.
A questão é que, até para comprarmos chumbinho Diabolô, que era o mais bacana na época, tínhamos que pedir permissão pro meu pai e prá minha mãe. E ainda ficavam regulando o tanto de tiros que dávamos. Mó dureza.
Lembrei disso outro dia, quando vi que o Sarney propôs um plebiscito para consultar a população brasileira, novamente, a respeito de desarmamentos. Hum! Interessante pensei!
A menos de seis anos fomos consultados sobre armas, se deveria ou não ser permitido e talicoisa. Foi uma vitória estrondosa do “sim, queremos armas”. Além disso, foi um gasto monstruoso de dinheiro para fazer o tal referendo, que poderia ser utilizada em outras coisas, como saúde e educação, por exemplo.
O legal é saber que todas as armas utilizadas em crimes, seqüestros relâmpagos, assaltos e homicídios, são armas compradas legalmente pelos bandidos né? Deve ser por isso que Sarney (ou Sir Ney) quer fazer o plebiscito. Esses bandidos comprando armas em lojas, hein! Isso tem que ter fim!
Agora, falando sério, gostaria que o nobre Sarney propusesse uma consulta popular, um plebiscito, sobre como utilizar de forma mais consciente os recursos do país, o dinheiro do senado e da câmara, ou ainda, os apartamentos funcionais de Brasília que não são ocupados pelos nobres políticos eleitos no nosso país. E também gostaria de vê-lo dando entrevistas sem estar cercado de seguranças armados.
Será que se ele perguntar aos seguranças dele o que eles acham, ainda vai continuar propondo esta bobagem de plebiscito?
Bom, melhor não esquentar com isso por enquanto. A não ser que entre na conta do plebiscito o mata-moscas de plástico! É a única arma que tenho no momento.

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