domingo, 3 de fevereiro de 2013

Ressaca de uma festa que não existiu


Uma semana se passou e o que dizer nesse momento?
Aqui no blog já se falou de tudo um pouco: de alegrias, de esporte, de política, de livros, de filmes, de música, de tristezas, de vida, de morte e de uma infinidade de outros temas. Mas jamais se escreveu sobre uma tragédia tão grande quanto a que ocorreu naquele domingo 27 de janeiro de 2013 em Santa Maria – RS. E não se escreveu sobre isso porque era impossível escrever sobre o que nunca havia acontecido antes. Nunca.
Jovens que optaram em estudar. Eu disse estudar, não trapacear, enganar, agir à margem da lei. Apenas estudar como eu, você e uma infinidade de leitores(as). E estudar, viver e conviver num ambiente universitário como é o de Santa Maria, implica participar de festas, baladas e outros eventos repletos de estudantes universitários, na sua maioria jovens que sonham e empregam suas melhores energias para realizar seus sonhos.
A festa acabou numa fração de segundos dando lugar à tragédia e a dor que jamais terá fim. Não foi a primeira festa e não será a última desse gênero. A dor não vai passar, mas o tempo, sempre ele, o tempo, fará com que ela amenize e outras festas virão. Estudantes universitários continuarão se reunindo para curtir essa fase tão importante das suas vidas e isso é mais do que justo e natural.
Onde irão se encontrar? Em que condições de segurança ocorrerão esses encontros? Não se sabe e isso é o que mais preocupa.
Sabe-se apenas que estamos no Brasil, esse verdadeiro alçapão sem lei. E isso choca e espalha terror porque é o país que menos de uma semana depois do trágico acidente elegeu Renan Calheiros Presidente da Principal Casa Legislativa Tupiniquim, lembram?
Pois é, por aqui, o que choca e espalha terror é saber que nossos jovens e a população como um todo vive à mercê da prática repugnante do improviso pra reduzir custos e aumentar o lucro. E nem é só pra aumentar lucro, pois isso em última análise seria bom pra economia, na verdade é pra cada vez mais acumular riquezas nas mãos de meia dúzia de elementos que usam do dinheiro pra  comprar as instituições e gozar da eterna e odiosa impunidade.
E não adianta me mandar viver em outro país, porque não vou. Quero viver aqui, sim, nesse alçapão, pois não sou eu que tenho que sair; quem tem que sair é os que fazem mal pra esse povo sofrido e não quem trabalha, paga imposto e vive honestamente, como eu, você que lê esse post e a grande maioria dos brasileiros, vítimas de políticos corruptos e sem escrúpulos.

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