domingo, 2 de setembro de 2012

Mais sobre o inverno



Estranho publicar esse post num domingão de sol em Porto Alegre, mas é que escrevi ainda no mês de julho e por falta de tempo acabei não publicando. Como acho que o assunto vale a pena, lá vai, mesmo meio fora de época.
Pois bem, a  verdade é que o ano tem quatro estações e eu só me inspiro a escrever sobre uma delas: o inverno. Talvez seja porque essa estação é terrível pra mim e acredito que pra boa parte dos leitores, em especial aqueles que vivem aqui no Sul do Brasil.
Como diria o Paulinho “que côsa” esse frio. E saber que as pessoas saem do Rio de Janeiro e do Nordeste pra vir “curtir” o frio em Gramado. Nunca migrei de um lugar para o outro pra “curtir” o frio. Ao contrário, pra curtir o calor, isso sim já fiz.
Gente!!! Pode ser até que seja bacana visitar um lugar frio, desde que seja muito bem agasalhado, com um bom dinheiro no bolso pra ficar hospedado num bom hotel e frequentar bons restaurantes consumindo comidas e bebidas típicas do inverno.
Mas experimente viver num lugar onde o inverno dura pelo menos 4 meses. Experimente ter que levantar cedo todos os dias pra ir pro trabalho e chegar em casa à noite, durante dias e dias em que a temperatura raramente alcança os 10 graus centígrados. E pior ainda é pro o pessoal que mora na Serra que enfrenta frios ainda mais rigorosos e intensa neblina que impede que se enxergue mais de 50 metros à frente do nariz.
Bom, pior que isso só mesmo pra quem não tem uma casa de onde sair pela manhã e retornar à noite. E além disso não tem um trabalho de onde possa tirar o seu sustento, muito menos uma boa hospedagem e uma alimentação minimamente digna. Esses simplesmente morrem de frio ou atravessam essa estação tenebrosa à duras penas.
Estamos no início da segunda metade de julho (lembre-se esse post está sendo publicado com atraso) em pleno Rio Grande do Sul, portanto, em pleno inverno. Essa coisa dura pelo menos mais 03 meses. Tempo suficiente para os turistas aproveitar e para os nativos tremer de frio. E para os menos favorecidos morrer congelados.

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