sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Minha velha nova infância!!!!!

Minha filha não conhece o Mancha Negra! Nem o Ranulfo.
Talvez ela conheça o João Bafo-de-Onça, por que ela assiste o Disney “Equis Dí”. Mas ela não conhece a Maga Patalógica e nem a Madame Min. De bruxas, acho que só a feiticeira de Waverly Place, que aliás, é bem bonitinha. Eu conheci o Mancha Negra e o Ranulfo nos gibis da minha tia, aliás, aprendi a ler nos gibis dela. Era massa! Mas não se vê mais histórias do Tio Patinhas, agora é só Turma da Mônica Jovem. Gibis eram um dos melhores presentes que alguém poderia me dar quando eu era criança. Mas haviam outros brinquedos, que também eram bacanas.
Por exemplo, ganhei dos meus pais um Falcon, o boneco do “Comandos em Ação”. O Falcon paraquedista, manja??? Uma vez, eu e o Gordo, meu primo, subimos em cima do telhado da minha casa para atirar o Falcon de Paraquedas. Foi tri, mas ele meio que se esborrachou no chão e não abriu o paraquedas. Só que o Falcon resistiu bravamente. Para os mais novos (mas nem tanto), o Falcon era tipo o Ken da Barbie, só que era machão, caudilho mesmo. Roupa de Fuzileiro e bibibi. O Ken já é mais mulherzinha, metrossexual! E burro, porque com um monte de Barbie que existe, ele sempre pega a mesma... mas veja, estou tergiversando.
E o Forte-Apache??? Cara, o Forte-Apache era massa também. Índios e cowboys e o exército do General Custer. Nesta época do Forte-Apache eu curtia as revistinhas do Tex Willer (curtia de verdade, do verbo gostar, não que nem no Face). Tex Willer e seu fiel amigo Kit Carson, os Rangers mais temidos de todo o velho oeste. Nem Mefisto podia com eles, e olha que o Mefisto era diabólico, do tipo vilão mesmo. Eu gostava deveras de brincar no Forte-Apache, fazendo de conta que eu era o Tex Willer.
E tinha o Autorama. O do Fittipaldi. Loucura total, mén, loucura total!!!! Pista em formato de 8, com o carrinho vermelho da Ferrari e a Coopersucar do Fittipaldi, amarelinha, amarelinha. Lembro que no primeiro dia em que montaram o autorama lá em casa, meu pai e meus tios brincaram mais do que os guris, e quando fomos brincar já era hora de dormir. Mó tristeza!! Mas lembro até hoje da emoção de pilotar aqueles carrinhos. Quando fui morar em Porto Alegre descobri que tinha uma pista num shopping, acho que era no João Pessoa, em frente ao Julinho, com vários carrinhos de autorama. Eu gostava de ir lá para relembrar minha infância.
Tive outros brinquedos bacanas. Vários carrinhos de ferro, de plástico, de tudo que é tipo. O Luis, meu primo, fazia tuning com os carrinhos, cortava janelas, trocava as rodas. Era o bicho. Uma vez o Luis enterrou os carrinhos dele  (uns 200 eu acho) no jardim da casa da tia. Nunca mais achou...
E bolita??? Lá nas Missões (não que eu queira me exibir, mas eu sou das Missões) a gente jogava bolita, nada de bolinha de gude... Cada um tinha a sua “joga” e o balim, que era normalmente uma esfera de ferro que tirávamos de rolamentos usados. A maioria dos meus amigos jogava no estilo, como direi, “ânus de galinha”. Eu jogava no estilo castelhano, que tu bota a bolita em cima do dedo “pai de todos” (aquele do fod@-$#) e segura com o mata-piolho prá dar o nhaque. Aliás, modéstia a parte, tinha boa pontaria no nhaque e cheguei a quebrar algumas bolitas em algumas oportunidades, o que deixava meus amigos um tanto contrariados. Ruim mesmo era quando tinha “limpa” dos mais velhos nas nossas bolitas. Quando íamos jogar “às deva”, normalmente levávamos as bolitas mais velhas, justamente para não perder muito quando faziam  limpa. Era ruim, muito ruim mesmo tu perder as bolitas no joguinho quando dava limpa. Uma vez deu briga e batemos nuns guris mais velhos. Ficamos umas três semanas sem sermos surrupiados. Depois voltou tudo de novo...
Falando em rolamento, e carrinho de rolamento?
Mas quem nunca, hein ô Batista!!!!!!!
Construíamos verdadeiras obras primas do automobilismo rolamentístico, com banco de couro, freio à borracha e espoiler!!!! Noutro dia vi uns guris andando de carrinho de rolamento (ou rolimã, como queira) na descida que vai prá minha casa, em Farroupilha. Os guris subiam a lomba e desciam a toda, freando com o chinelo e bibibi. Bacana mesmo...
Voltei um pouco a minha infância dias atrás, quando minha filha me pediu para ir com ela comprar figurinhas pro álbum do Carrosel, e comprar o álbum novo e as figurinhas das Chiquititas. Tínhamos isso na infância, álbuns de figurinhas, que tu enchia de cola e colava as páginas todas. Hoje as figurinhas são autocolantes, o que é muito engenhoso, diga-se de passagem. Ao menos as crianças, e os pais, não se lambuzam com cola.
Só foi meio estranho convencer os amigos que me viram trocando figurinhas na livraria de que eu estava comprando prá Júlia.
Mas o mais importante é que vi novamente uma brincadeira que não precise de tablete, notebook ou celular, tampouco Facebook. E foi muito divertido acompanhar minha filha e brincar um pouco com ela.
Talvez no próximo sábado eu vá comprar figurinhas novas, again!!!!

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