quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!!!!

Noutro dia li que uma iraniana, Sakineh Ashtani, foi condenada a morte por pedradas. Tipo a historinha da Madalena, manja?
E sabem porquê? Porque foi repoltrear-se com alguém que não o seu legítimo esposo iraniano bigodudo nacionalista islâmico. Resultado, foi considerada como adúltera e condenada a morte no tijolaço. Ruim ser adúltera no Irã dos Aiatolás. Não tanto quanto ser mulher do Henrique VIII, que tinha dessas de mandar suas mulheres para o cadafalso. Ah!, esse Henrique VIII...

Só que tem um detalhe, pequeno, mas relevante. A Sakineh era VIÚVA quando aconteceu o fato! E tem mais, tinha menos de 40 anos na época. Ainda na “flor da idade” como se diz nas Missões onde nasci. Uma vez inclusive, lá nas Missões, conheci uma viúva de 38 anos que era uma rica jóia!, uma coisinha!... bem, mas isso não vem ao caso agora.
Não sei se uma viúva pode ser considerada adúltera. Lógicamente falando não vejo sentido nisso, pois se o marido está mortinho da Silva, ela deveria ter o direito de voltar a repoltrear-se com algum varão, no caso da Sakineh um varão bigodudo iraniano nacionalista islâmico. Só que ela não teve esse direito. Ou seja, não teve liberdade de escolha, não teve a liberdade de escolher ser feliz.
Lembrei do caso dela ontem, assistindo ao amistoso do escrete canarinho com a seleção dos americanos do lado de cima. Liberdade, ainda que tardia, como diriam os inconfidentes do pão-de-queijo. Era tão simples, mas o Zangado, digo, Dunga não soube aproveitar a liberdade que tinha de escolher os melhores, a liberdade de escolher uma forma de jogar futebol com alegria. Não, o Zangado, digo, Dunga, tinha que brigar com o mundo, porque o mundo lhe condenou às pedras. Chato.
Gostei do que vi ontem, no jogo da Seleção Brasileira. Gostei da alegria, do entusiasmo, da vontade dos jogadores. Mesmo com pouco tempo de treinamento e preparação. Isso mostra que às vezes, temos toda a liberdade do mundo, mas se não sabemos usá-la, vamos ficar presos num mar de ressentimentos e revanchismo eternos.
Espero realmente que o Zangado, digo, Dunga passe se utilizar da sua liberdade para pensar no futuro, esquecendo o passado de brigas e ranços. Espero que essa Seleção Brasileira tenha a liberdade de jogar um futebol bonito, garboso, elegante como se viu ontem. E espero sinceramente que a Sakineh seja inocentada das acusações de adultério, e consiga voltar para o seio de sua família, no Irã ou fora dele, tendo a liberdade de escolher onde, como e com quem quer ficar.

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