sábado, 12 de março de 2011

Trânsito, será a praga do século XXI?

Depois que passei a morar em Farroupilha me livrei de algo que, mais dia menos dia, iria acabar me levando para o hospital. O trânsito da capital da Província de São Pedro.
Quando ainda morava lá, eu sabia exatamente os horários que não poderia trafegar por determinadas ruas. Tipo, 8h da manhã, nem pensar em andar na Farrapos ou na Osvaldo Aranha. Tampouco na Ipiranga. Ou em qualquer uma das principais ruas de Porto Alegre, seja zona norte ou zona sul. Mas depois, o trânsito aliviava e tu podias andar quase que tranquilamente. Quase!
Tenho ido a Porto Alegre nestes anos a trabalho ou a lazer, quero dizer, depois que vim morar na serra gaúcha, e me impressiona que não há mais horários para engarrafamentos e tals. Qualquer hora é hora para engarrafar. E não falo só de engarrafamento nas ruas principais, que essas é certo que vão engarrafar mesmo. Falo também das ruas periféricas, aquelas que tu podias usar como desvio de rota em caso de engarrafar a principal.
E o que vem junto com o engarrafamento é o troço mais preocupante de tudo. Junto com o pára-arranca-pára-arranca vem também a falta de educação e a bestialidade das pessoas. Não que todos se tornem bestas, mas alguns chegam a tal.
Xingamentos, agressões, fechadas, pechadas. Tem de tudo. E tem pedestres, ciclistas, motociclistas, skatistas e patinadores. É uma cosa! E todos querem chegar primeiro, ninguém pode deixar o outro passar a frente, senão vai perder preciosos segundos na luta do “quem chega primeiro”!
O que aconteceu com o sujeito que atropelou aquele tantão de ciclistas que fazia passeata, a alguns dias atrás, foi um pequeno exemplo do que ainda pode acontecer. Mortes, mén! Mortes!
Vale a pena morrer por tão pouco? Eu acho que não. Mas cada um é senhor do seu cada um, então, viva o livre-arbítrio.
E tem gente que ainda acha mais importante uma Olimpíada e uma Copa do Mundo aqui no Brasil, sonhando que as obras que serão feitas para estes eventos fiquem para a população utilizar posteriormente. Ledo engano amigos, ledo engano. Vai se fazer obras estritamente necessárias, superfaturadas, e que não farão diferença nenhuma na vida das pessoas, depois que o evento acabar.
Gastem dinheiro com educação, policiamento, saúde. Garanto que será muito melhor aplicado, e não corremos o risco de tomar um novo “Maracanazzo”.

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